Severino, vexado, renuncia,
devido à própria desonestidade:
sai do cargo em que nunca deveria
estar – porém estava, na verdade...
Um passo à frente é dado neste dia
na crise da nação, de identidade,
mas o incrível político anuncia
que em breve voltará... O Marquês de Sade
deve a dar gargalhadas no seu túmulo
estar, obedecendo ao seu instinto,
se atento a este país, posto que é o cúmulo
da vergonha, burrice e tanto mais,
muito do que aqui ocorre e que, pressinto,
pelo visto, não vai cessar jamais...
09/2005
Página 2005-034 de “O Poeta Eletrônico” |