Porque é preciso um coração partido,
Nas almas avisadas destemidas,
Para notar que tudo está perdido
E não existe mais uma saída?
Porque é preciso abrir-se uma ferida
No espírito vivente endurecido,
E se perder alguém muito querido
Para entender quão célere é a vida?
Porque é preciso ter a morte perto
E então tentar fazer tudo que é certo
Somente quando o tudo vale o nada?
Porque é preciso crer para viver
E então muito perder para aprender
Que, ao fim, nada levamos nesta estrada?
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