A QUEM JULGO AMAR
Retirar-me as máscaras que aparentes
Insistem em insinuar como não sou
Vão-se e voltam os dias indiferentes
A reiniciar um tempo que acabou
Uma época que passou despercebida
A balançar na rede os dois amantes
Inebriados, sob o efeito de uma vida
Que nem se dá conta dos instantes
É que o amor, poção d’alta eficácia
Intoxica, aprisiona em seu trajeto
Quem quer que cruze seu caminho
Criando um clima cuja contumácia
Leciona um só coração, assim, direto
A fim de o outro aprender sozinho.
Camaragibe, março, 2006
WALTER DA SILVA
e-mail: wal3816@hotmail.com
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