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Artigos-->A Desconfiança é A Última Que M orre -- 02/09/2002 - 16:11 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Desconfiança é a Última que Morre

(Domingos Oliveira Medeiros



Continuo a duvidar das pesquisas. Explico. A última delas, na qual teria sido consultado cerca de 2000 eleitores, o Serra teria subido e encostado no Ciro; o Ciro teria caído e o Lula permanecera onde estava. Só porque o Serra chamou o Ciro de mentiroso?



Afinal de contas, o Serra é o candidato do governo que, entre outras coisas, transformou nossa dívida, que era de 65 bilhões quando FHC assumiu, para cerca de 830 bilhões de reais. Isto significa quase 62% do PIB nacional. Além disso, o governo ao qual o Serra prestou seus serviços, vem praticando uma política econômica suicida, baseada na captação de recursos externos, pela via da promessa de bons lucros, para os especuladores, mantendo os juros em patamares que inviabilizam a retomada do desenvolvimento nacional.



O Brasil tornou-se, desse modo, totalmente dependente do FMI e muito vulnerável aos boatos de bancos estrangeiros, que dizem quem, quando e quanto devem investir no Brasil. E ainda manobram, em nosso desfavor, a cotação da moeda americana.



O governo de FHC (e de Serra) que conseguiu extinguir cerca de 12 milhões de empregos. A maior da história trabalhista. Que, aliás, o próprio Serra reconhece quando sinaliza para a criação de 8 milhões, caso seja eleito. Sem, no entanto, dizer como. Sem mostrar a cobra. E nem o pau, posto que não deu essa idéia antes para o Fernando Henrique para quem trabalhou tanto tempo.



Um candidato que promete acabar com a violência apenas criando o Ministério da Segurança Pública. Como se isso fosse o bastante. Como se não existisse o Ministério da Justiça ao qual estão subordinados a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Conselho Penitenciário, e tantos outros órgãos afins. Convenhamos, não seria mais fácil e mais barato arrumar o que já está criado?



Um candidato apoiado por um governo que desmantelou o serviço público - civil e militar -, cujos servidores, na sua grande maioria, amargam oito anos de jejum no que se refere aos reajustes salariais dignos e com a freqüência determinada pela Constituição Federal.



Quando surgiram as primeiras correções salariais, vieram em percentuais iguais ou menores do que os que foram concedidos ao salário mínimo. Uma miséria. Uma verdadeira afronta à dignidade do trabalhador e da família brasileira.



Um governo que vendeu todas as empresas estatais estratégicas. De energia elétrica, siderurgia, telecomunicações e bancos de desenvolvimento estaduais; que aumentou impostos, criou novas receitas, pediu mais dinheiro emprestado. E ainda, ao apagar das luzes, ainda pede mais um empréstimo; e tenta conseguir mais outros. Sem que a população saiba onde foi (ou irá) parar esta montanha de recursos.



Um governo que nada fez de concreto e significativo nas áreas da educação, saúde, habitação, segurança pública, e todos os dedos de promessas que FHC levantou como compromissos com o povo, , antes de ser eleito.



E que deixa um país entregue às baratas, mas se comprometendo, desde já, na manutenção dos empréstimos para a compra de novos inseticidas, de qualidade duvidosa, posto que não tem sido suficiente para matar, sequer, um mosquitinho da dengue.



A pergunta que todos fazem é a seguinte: Quem teria respondido aos questionários dessa última pesquisa? Será que essa amostra seria significativa? Dela constou, por exemplo, servidores públicos civis e militares, trabalhadores que ganham o mínimo, bancários, gente que enfrenta as filas de hospitais, parentes de pessoas que morreram de dengue, de hepatite, de fome e de desespero por falta de empregos? Sem-teto? Sem-terra? Enfim. Seria interessante que as empresas de pesquisa de opinião mostrassem essa realidade. É difícil acreditar que um ato mal-educado, da parte de um candidato, possa exercer tamanha influência em tão pouco tempo. Alguma coisa está errada. Ou os instrumentos de pesquisa. Ou a sua divulgação. Ou sei lá mais o que. Não acredito, e pago prá ver.



Domingos Oliveira Medeiros.

02 de setembro de 2002

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