Certa peça de madeira, a fera palmatória,
sempre ardia na mão do aluno desatento.
Na hora da sabatina ela era vexatória.
A cada palmatoada, um ai de sentimento
se ouvia do infeliz que perdia a memória,
e logo a mão ardente era abanada ao vento.
No meu tempo era assim: palmatória na escola,
e em casa, bem vivaz, qualquer coisa de sola.
(05-07-1991)
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Faisqueira, vila de Ubaitaba, Bahia onde nasci, vivi a infância e parte da juventude em férias escolares.
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