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cronicas-->Via dell Amore -- 15/11/2003 - 08:57 (Ivan Guerrini) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ao tomar meu café, leio e sinto a transcendência de quem escreveu o livro que tenho em mãos. É sobre a sabedoria do caos criativo. Excelente! Olho ao lado, vejo carros e pessoas em seus mundos diversos, geralmente tristes e sem expectativas, e me deparo com algumas frases que me chamam a atenção. Percebo que os colegas do café me olham desconfiados. Que faz esse cara sempre com um livro à mão? Um grande mestre, um vagabundo ou um viciado em livros? Claro que não passa pela cabeça dos reducionistas que é nessas horas que melhor preparo minhas aulas, palestras e artigos. Dá para entender, pois não sabem o que são insights de coffee breaks, as quebras necessárias de um caos criativo e auto-organizante. Para eles, coffee breaks servem apenas para se lambusarem de idiotices, pedantismos e politicagens sujas em seus congressos e simpósios sobre M.A.C. (Mesmices Agudas Catalogadas), onde apresentam trabalhos que saem do nada "and go to nowhere land". Esses e outros talvez pensem que sou um ET. E eu penso, com os divertidos joguetes de palavras que vem de minha linhagem paterna: "Mamma mia, ET eu, às vezes, desconfio disso!" Voltando à cena, vejo que incompreensão semelhante é a da funcionária que me serve no café e a do proprietário, dá para ler em seus semblantes. Porém, também sinto que eles me respeitam muito e até me admiram. Gostoso sentimento! De minha parte, sinto-me leve, flutuo numa dimensão diferente daquela dos transeuntes e, então, leio numa placa perto de onde estou: "Via dell´Amore". Sei que é essa a mensagem do momento, aquela que eu precisava ler. Eureka! Reflito: quantos Eurekas já desprezei em minha vida por não saber "viajar", sem me permitir ser um viajante na maionese? Medo do que diriam os pais, os professores, o padre, os amigos? Deixei-me, então, tolher em minha essência por conta dos outros? Reflito mais ainda: minha vida é de quem, minha ou deles? Sei, em meu íntimo, que só eu conheço o significado da mensagem que leio e que não adianta comentar com ninguém das castas mencionadas. Sinto, porém, como que inundado pela energia da mensagem, e fazendo um link com o que estou a ler em meu livro, concluo: só o amor ágape pode levar ao equilíbrio dinàmico, à tensão necessária, mas nem sempre agradável, que chama os ciclos de feedback transmutativos, aqueles que libertam os seres humanos das restrições impostas pelo passado. Quantos acham que somos escravos do passado? Pouquíssimos, penso. Então, sinto-me feliz com essa re-descoberta e com o desejo de passar essas dicas a todos os que buscam crescer de verdade e que, no fundo, já fizeram descobertas semelhantes. O universo me repete que tudo é novo, tudo caminha para um atrator muito maior que as mesquinharias diárias e, nessa evolução, somos chamados a perceber os scripts de vida aos quais até hoje estivemos presos. Na universidade, por exemplo. Assim como a água fervente na panela cria ciclos de feedback que se alternam ao subir e descer próximo aos 100 graus Celsius, e acabam por rompem a barreira do estado líquido, também somos chamados a romper barreiras para mudar de dimensão. A todos os que se encontram nessa benéfica turbulência da vida, buscando transcender a si mesmos, meus efusivos cumprimentos nesta maravilhosa manhã de primavera. O espírito sabe muito mais que o inferido pelos sentidos clássicos e se sintoniza com os sinais que o cosmos oferece a quem se abre ao admirável mundo novo. Claro que Huxley já sabia disso. Como sugere Hemingway, deixe que os sinos continuem a dobrar pelos mortos-vivos. Quanto a ti, boa viagem pela Via dell Amore!
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