BOCAS MALDITAS
O homem chegou
de longe talves.;
quieto parou,
esperou a vêz.
Era calado,
sem ser mudo
e ali, parado
olhava prá tudo.
Achou graça,
quando leu besteira.;
tentou sorrir
à sua maneira.
Então pensou:
para quem escreve,
são pérolas.;
algumas aos porcos,
outras aos mortos.
Onde a sabedoria
do viver foi parar,
se não calamos
as malditas bocas
e não sabemos escutar?
Riva
02/03/06 |