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Cordel-->RIMAS COM PALAVRAS RARAS. -- 16/07/2010 - 18:53 (HENRIQUE CESAR PINHEIRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Aceitando o desafio
De José de Sousa Dantas,
Esse fabuloso poeta
Com seu cordel que encanta,
E a semente do Nordeste
Neste mundo ele planta.

Vou fazer algumas rimas
Usando palavras raras.
Espero que Dantas goste
Não vá rir da minha cara,
Pois me falta gabarito
Para entrar nesta seara.

Vamos procurar palavras
Que possam rimar com lobo.
Num tempo globalizado
Vem à mente a Rede Globo.
Com a sua programação
Fazendo o povo de bobo.

Num país de analfabetos
Futuro não se vislumbra.
Pois a máquina da mídia
Deixa o povo na penumbra,
Que com a bolsa salário
Se encanta e se deslumbra.

Povo que vive em favela
Curtindo o seu mocambo.
Que às vezes pra comer
Apela pro velho escambo.
Catando lixo nas ruas
Vestindo-se de molambo.

Empurrando sua carroça
Ouvindo um rádio portátil.
Se mostrando bem feliz
Pois o povo é versátil,
E mesmo na sua pobreza
O sonha é coisa volátil.

Embora muita gente aja
De maneira bem covarde.
É o caso dos políticos
Que não querem muito alarde.
Sempre tudo vem à tona
Mesmo que já seja tarde.

A todo dia no Brasil
Vem à tona um alvitre,
Que funciona pra imprensa
Como se fosse salitre.
E a prisão de políticos
Nunca há ninguém que arbitre

Pois para os poderosos,
Justiça vive a menopausa.
Não importa ter razão
Eles sempre ganham causa.
Ou os processos se arrastam
Dando-lhes uma boa pausa.

Não há para o país
Esperança, simples réstia.
Pois quem aplica as leis,
E usa uma bonita véstia,
Se acha o dono do mundo
E não tem qualquer modéstia.

Com bom dinheiro no bolso
Não sabe o quê é uma xepa.
Come lagosta, salmão
Bem preparado na cepa.
Se alguém mexe na sua grana
Se descontrola e grita: epa.

No meu dinheiro não mexe.
Briga, dá murro, tabefe.
Manda até mesmo matar
Desossa feito magarefe.
E o crime fica impune,
Pois o sujeito é o chefe.

Com seu poder de fogo
Igual a um pirilampo
Grilam terras, tomam casas
Na cidade, até no campo.
Contra os inimigos usam
O famigerado grampo.

HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO
FORTALEZA, JULHO/2010.
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