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| Poesias-->O boia-fria. -- 25/02/2006 - 18:44 (Manoel de Oliveira Santos) |
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...E despenca da testa do homem
O suor de seu sorriso
Que brilho faz o sol
No sertão de sua face
Na beleza da enxada
Que os calos presenteiam
Em suas valiosas mãos
Cheias de poeira e solidão
E traços de bondade
Que assolam seu coração
Comprimido pela saudade
De casa
Fatigado pela comida
Que falta
Entristecido pela certeza
Que fica
Enclausurada dentro do sino
Que toca
Em seu espírito que acorda
Á vida que o chama
Para voltar para casa
Que abandona a enxada
E corri para o caminhão
Para tomar sua posição
No mundo
Maravilhoso como a alma
Pura, simples e rica
Da família nordestina
Que tenha certeza
Que em volta de uma mesa
Uma família de verdade se reunia
Para comer a marmita
Que o sol esquentou
No colo daquele homem
Que voltava feliz para casa
Com a barriga vazia
E o coração cheio de amor
No rastro de poeira
Que sumia na sombra
Do caminhão pau-de-arara
Que ressuscitava a vida
Daquele pobre bóia-fria
Criado por manohp@msn.com |
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