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Contos-->Terezinha, uma mulata que se realizou no Japão (I. p/ M.) -- 19/02/2005 - 19:14 (CARLOS CUNHA / o poeta sem limites) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos










IMPRÓPRIO PARA MENORES







Uma mulata que se realizou no Japão


Terezinha era uma mulata linda e sedutora. Dona de um corpo escultural, e de um charme provocante, ela deslumbrava os japoneses e enchia de inveja ás mulheres daqui, que não tinham a graça e os atrativos femininos que ela tinha. Possuía seios fartos, rosto delicado e um traseiro fenomenal. Sua voz era suave e saia de uma boca de lábios carnudos e vermelhos que fazia com que todo homem sentisse vontade de beijá-los.
Tinha os olhos grandes e belos. Eram de um tom verde claro que, em contraste com a sua pele cor de café, ficavam permanentemente brilhantes e divinos. Ela era deslumbrante. Só o que superava o seu deslumbramento era a sua garra e o esforço no trabalho.
Passava horas dentro de uma fábrica, sempre dedicada ao serviço que fazia e se esforçando para produzir mais que as outras funcionárias.
Se o kakarichô (chefe) chegava ao final do dia e pedia para ela fazer duas ou três horas de zangio (hora extra) ela sempre ficava. Se havia trabalho, podia ser no feriado, no sábado e até mesmo no domingo, ela nunca deixava de ir para a fábrica.
Era uma pessoa muito considerada por seus chefes e respeitada por todos os funcionários com quem trabalhava. Mantinha um comportamento moral inatacável e se apresentava sempre com muita dignidade. Ela era uma mulher séria e fenomenal, que causava inveja nas outras mulheres e admiração nos homens.




Quando a conheci ela trabalhava na mesma fábrica pela qual eu fui contratado na época. Depois de algum tempo, em que passamos juntos trabalhando várias horas por dia, ficamos grandes amigos. Eu não entendia como, uma mulher tão inteligente e bela como ela, vivia trabalhando daquele jeito, como um burro de carga, e lhe dizia:
- Morena, o que uma mulher como você faz enfiada num serviço deste. É bonita e tem potencial para procurar outro caminho. Com todo esse charme que você possui, deveria procurar outra maneira de viver. Um trabalho que permitisse que a sua vida fosse mais fácil e divertida.
- Falar é fácil, meu querido. Aqui no Japão a gente não tem outro jeito de ganhar a vida a não ser trabalhando muito.
"Se tivesse à metade da sua beleza, do seu charme e uma buceta entre as pernas, jamais me sujeitaria a trabalhar como você. Tenho certeza que a minha vida seria muito mais fácil e cheia de diversão, eu pensava, mas não tinha coragem de dizer a ela".




Passado algum tempo a Terezinha arrumou outro serviço. Nele ela iria ter um salário melhor, só que teria que se mudar de cidade. Eu fiquei então, muito tempo sem ter notícias dela. A minha vida continuou, dentro de uma rotina de casa e trabalho, como é a de todo dekasegui (trabalhador estrangeiro) no Japão.
Ás vezes eu sentia saudades e ficava imaginando como ela estaria.




Num domingo de sol, após ter dormido um pouco depois do almoço, eu sai no quintal de minha casa para dar água pro meu cachorro. Nesse momento um BMW cinza, com os vidros negros que impedia a visão da pessoa que estava nele, encostou bem em frente.
Quando a porta do lindo carro se abriu, e a pessoa que o dirigia dele desceu, eu fiquei surpreso e admirado em ver quem ela era. Era a Terezinha. Ela se dirigiu toda sorridente para mim e falou:

- Oi amor, sentiu saudades de mim?

- Olá morena, eu respondi encantado. Que carro lindo menina! Você ganhou na loteria ou recebeu uma herança que te deixou milionária?

- Nenhuma das duas coisas. Resolvi mudar de vida. Deixei de trabalhar em fábrica e virei puta.

- Puta?!

- Depois eu te explico e conto os detalhes. Agora me convide para entrar, e me sirva um copo de água gelado, que eu estou morrendo de sede.

Entramos em minha casa. Assim que eu fechei a porta ela tirou as sandálias, soltou as alças do vestido, de seda azul claro que usava, e ele caiu no chão. Não usava nada além dele, nenhuma roupa de baixo. Completamente nua ela estendeu os braços para mim e disse:

- Vem, as explicações ficam pra depois. Vamos primeiro matar a saudade. Estou louca pra dar uma trepada.

Não havia mais lugar para a curiosidade que eu sentia nem desejo de saber o que tinha acontecido com ela. Aquela mulata gostosa estava ali, nua a minha disposição, e nada mais importava.
Depois de nos deliciarmos com muitas carícias e penetrações ficamos deitados em minha cama, abraçados, como dois namorados apaixonados. Ela então me contou o que tinha acontecido em sua vida. Disse que, na fábrica em que fora trabalhar, tinha conhecido um empresário japonês, podre de rico, que se apaixonou por ela.
Que resolveu mandar a merda todos os seus preconceitos e preceitos morais. Tinha se tornado sua amante e agora vivia como uma rainha. Seu único problema, ela disse, era a insatisfação sexual que tinha ao lado dele, mas afirmou que isso era fácil de resolver. Já que tinha se entregado a ele, pelo seu dinheiro, podia muito bem transar com um homem que lhe desse prazer sem que isso a fizesse sentir-se uma puta.

- Mudei muito, querido. Agora sou uma mulher realizada e minha vida se tornou fácil e prazerosa. Resolvi seguir os seus conselhos e não me arrependi.







CARLOS CUNHA : produções visuais






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