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Artigos-->Johann Wolfgang von Goethe - A metamorfose das plantas -- 31/08/2002 - 21:29 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




















(Recebo, de bom grado, ajuda para melhor tradução)









(Fonte:www.udoklinger.de)









Johann Wolfgang de Goethe (1798)









A metamorfose das plantas













Obnubila-te, amada, a mistura



de milhares de formas dessa multidão de flores sobre o jardim;



Escuta muitos nomes, e sempre distingue



no ouvido o tom rude de um e de outro.



Todas as formas são semelhantes, e nenhuma iguala-se à outra;



e, então, o coro sinaliza para uma lei secreta,



para um sagrado mistério. Oh, pudesse eu, doce amiga,



já desvendar-te feliz a palavra desligada!



Observo-a nascente, pouco a pouco, tal como a planta



se comporta, gradualmente, para formar flores e frutos.



Da semente ela desenvolve-se, assim que a terra



silenciosa fertiliza o fascinante broto liberando-o para a vida,



E o estímulo da luz, do sagrado, eterno excitar,



Como a construção do mais delicado germinar de folhas recomenda.



Simplesmente adormeceu a força na semente, um modelo incipiente,



Deitado, fechado em si mesmo, curvado sob a cobertura,



Folha e raiz e embrião formado, apenas, pela metade, e incolor;



seca, a semente mantém protegida a vida assim conquistada,



flui com esforço para cima, umedece-se suave e confiante,



e ergue-se tão logo da noite se acerca.



Mas, permanece a forma simples da primeira aparição;



E, assim, caracteriza-se também sob as plantas a criatura.



Logo após, um rebento seguinte, erguendo-se, renova,



Nós em nós empilhados, sempre a primeira estrutura.



Nem sempre se dá o mesmo; pois gera-se o diverso



Formada, tu vês, sempre a folha seguinte,



Mais longa, mais esculpida, mais destacada no topo e nas partes,



elas crescem juntas e suspensas sob o órgão.



E, então, alcança antes a definitiva perfeição,



que em muitos gêneros te deixa pasma.



Muito enervada e dentada, cheia de gavinhas na superfície,



a abundância de brotos parece livre e infinita.



Porém aqui, a natureza mantém a formação, com mãos poderosas



e a dirige suavemente mais perfeita.



Então, mais moderada, ela conduz a seiva, estreita os vasos,



e logo mostra a forma de delicados efeitos.



Em silêncio estende o rebento suas pontas para trás,



e os filamentos do talo completam seu desenvolvimento.



Ainda sem folha e depressa sobe o delicado talo,



e uma estrutura maravilhosa o reveste.



Então, surge em torno dele, dentada e disforme,



a pequena folha junto à semelhante.



Pressionado sobre o eixo, surge o cálice



e deste formam-se as mais coloridas formas de corolas.



Assim, a natureza se manifesta plena de brilho,



e ela mostra, arruma em série, ordena membro a membro.



Sempre tu pasmas de surpresa, assim que a flor



se move no talo sobre delgadas vigas de folhas variáveis.



Mas a glória faz da nova criatura realidade;



sim, a folha colorida sente a mão divina,



e depressa move-se junto; as delicadas formas,



aos pares, elas se esforçam para bem se unir antes.



Íntimas, elas estão de pé agora, os pares adoráveis, juntas,



numerosas, elas se organizam ao redor do altar consagrado.



Hímen paira aqui, e odores esplêndidos, poderosos,



fluem doces aromas, excitam tudo ao redor.



Agora, incontáveis sementes isoladas e inchadas,



graciosamente envoltas pelo colo materno de inchados frutos.



E aqui, a natureza fecha o anel das forças eternas;



Porém, um mais novo logo toca o anterior,



a fim de que a cadeia a todo tempo se prolongue



e todos se revigorem, tal como é o indivíduo.



Mude agora, oh amada, o olhar para a multidão colorida,



O desconcertante não se move mais diante do espírito.



Cada planta lhe anuncia agora as leis eternas,



Cada flor, ela fala de alto e bom som contigo.



Mas, tu decifras aqui sagrados caráteres da deusa,



por toda parte, então, tu vês, também, que eles modificam de curso:



A lagarta rasteja vacilante, a borboleta alegre se alvoroça,



maleável, o próprio ser humano altera a forma certa.



Oh, então, lembra-te, também, como a semente do conhecimento



pouco a pouco brotou em nós hábito adorável,



Amizade com poder de nosso íntimo revelou,



e como Amor finalmente floresce e frutos geraram.



Pense como, variando logo esta e aquelas formas,



desenvolvendo-as em silêncio, a natureza aos nossos sentimentos se presta!



Alegra-te, também, por este dia! O amor sagrado



eleva-se para os frutos mais altos com as mesmas atitudes fundamentais,



a mesma noção da realidade, de forma que o casal se una



e encontre a concepção harmônica do mundo.
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