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cronicas-->A Dama da Abolição -- 22/09/2000 - 12:43 (Silvia Pellegrino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Foi no findar do dia 29 de julho de 1846 que troaram os canhões do Morro do Castelo, anunciando a chegada daquela que seria a herdeira da coroa de D. Pedro II. Nascia a menina Isabel Christina Leopoldina Augusta Michaela Raphaela Gonzaga.
Foi essa brasileira de estirpe que, apesar de menina meiga e tímida, transformou-se no mito da Abolição com a firmeza de pulso própria de uma herdeira da coroa de nosso Império Tropical.
Momentos vários fizeram o caminho da Abolição e em todos esteve presente a Princesa Isabel, Regente do Império. Mesmo após o desgosto vivido em sua primeira ocupação da Regência do país ao deparar-se com a intransigência de meios jacobinistas, que procuravam, a medíocres pretextos, espezinhar o cónjuge imperial, impedindo-o de participar de seu juramento na sessão do Senado, isto, porém antes de diminuir-lhe o ànimo, aferrou seus ideais na luta por uma pátria mais justa a todos os seus filhos.
Já na sua primeira Regência a marca do abolicionismo ficou indelével, com a promulgação da Lei do Ventre Livre, em 28 de setembro de 1871.
Quando o calendário datava o dia 13 de maio de 1888, o pulso firme de Da. Isabel assinava a Lei Áurea. Lei da libertação. Lei da expiação dos sofrimentos. Era assinado o documento que tentava mitigar a vergonha e a conspurcação do Brasil diante do mundo e de si próprio. Porém, sabia a Princesa Regente que a Monarquia poderia declinar diante de seu ato, no entanto o amor por sua pátria e pelo seu povo clamou mais alto. Fê-la deixar impressa sua assinatura, como uma sentença de morte ao Império. Não que o quisesse, mas no alto cumprimento do dever de Regente.
O Paço Imperial foi cenário assim do mais importante episódio da história de nosso País. Indubitavelmente a Princesa Isabel foi sua personagem principal, aliás, foi antes a construtora do caminho abolicionista. Teve sempre, quando Regente Imperial, um caminho e uma idéia que foram sendo elaborados a cada regência.
Nas senzalas os brados eram de inenarrável alegria. O negros escravos, ora libertos, gritavam Axé! A esperança de dias melhores em sua pátria os empurrava para seguirem adiante na luta por um lugar ao sol. Nem mesmo o preconceito, que grassava na terra, os impediu de seguirem em frente.
A Dama da Abolição havia iniciado a caminhada, sem embargo de que seu ato pudesse determinar a queda do Império. Cumprira seu dever e sua missão. Uma caminhada deveras íngreme, mas ali estava aberto o caminho e precisava ser seguido e aplainado.
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