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Poesias-->REMINISCÊNCIAS CARNAVALESCAS -- 22/02/2006 - 20:26 (Maria Jose Zanini Tauil) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








Carnavais de anos atrás

Que boas...grandes lembranças!

Era só vestir

uma camisa listrada

e sair por aí

paquerando e cantando

"linda morena, morena, morena

que me faz sonhar

a lua cheia que tanto brilha

não brilha tanto

quanto o teu olhar"

Ou então...

"O teu cabelo não nega, mulata,

porque és mulata da cor

mas como a cor não pega, mulata

mulata eu quero o teu amor"

Ou mesmo...

"Lourinha, lourinha,

dos olhos claros de cristal

dessa vez em vez da moreninha

serás a rainha do meu carnaval"



Por onde andarão

colombinas e arlequins

pierrôs entristecidos

com seus bandolins?

Os amores do passado

por onde andarão?



Com que perspicácia e malícia

compositores exploravam

(com humor)

questões políticas e sociais:

A falta d`água...o custo de vida

E o folião brincava...cantava...

ria de si mesmo

Pelo menos por três dias

dava um basta nos problemas

das tristezas esquecia



Enquanto "a Estrela Dalva

no céu despontava

e a lua ficava tonta

com tamanho esplendor"

quantos beijos roubados

em momentos fugidios

de súbito arrebatamento

sem promessas...sem conseqüências

sem futuro...só pelo prazer do momento

"Vou beijar-te agora

não me leve a mal

hoje é carnaval"



Não se falava em drogas

em violência, não se falava

só existia a turma do funil

"Nós é que bebemos

e eles que ficam tontos"



Hoje, só sambas- enredos

letras chatas...monótonas

Carnaval é só saudade

com gosto de desencanto



Por que não resgatar

a obra de Lamartine,

Noel e Braguinha?

O povo que suas origens

não preserva

perde sua identidade

Que juventude carente

de conhecimento

do patrimônio cultural

de seu país!

Essa é uma triste verdade!



Nosso carnaval

é vendido para o mundo

A mulher é vista

como mercadoria

silicone...rainha da bateria

Não é só o morro que desce

para cair na folia

É o carnaval da riqueza

do exibicionismo...da luxúria

da ambição desmedida

alegria da minoria



Parece mentira que um dia

"Chiquitas bacanas, lá da Martinica"

após o último toque do clarim

de Cidade Maravilhosa

vinham pela madrugada em grupos

brincando...rindo

corpos exaustos...suados

confetes à pele colados

e ainda disposição

para cantar, acordando a vizinhança

"Pela saudade que me invade

eu peço paz"



O sono...olhos pesados, cansados

dormindo um pouco

pra começar de novo

"Você pra lá, eu pra cá

até quarta-feira"



Acabou nossa tão autêntica

festa popular

carnaval carioca

é para turista e olhe lá

Agora é só recordar



"Vem, Pierrô que a sua sina

era chorar a colombina

dos carnavais que não voltam

mais..."
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