Cega, pela estrada, Clara,
andava , Mulher já desenfreada,
com calor e sabor a passado...
um rebuçado,
lambuzado,
com cheiro a pecado,
ainda que pardo de tão almejado!
Saíu de si,
para lavar a alma.
Conseguiu tingi-la,
disfarçou,
fingiu a aurora de princesa,
corou...
Por entre o arco-íris,
apareceu a sua, alma,
lavada,
sombra,já,de tão desprezada.
O vento tornou-a mais iluminada!
Elvira:)
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