SOBREVIVENTE
Então, foi-se tudo.;
restou o corpo
que não é morto,
que não é mudo.
Anseia o ar
que é preciso.;
busca o juízo
que quer faltar.
E padece
porque pálida
é a vida,
que inválida,
busca a saída.
Procura agora
não sabe onde,
o que sobrou
mas, esse resto
brinca e caçoa,
foge e se esconde
feito algo à toa.
Guarda ainda
alma que chora.;
resto que finda
mas, insiste
em não ir embora.
Riva
20/02/06 |