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Cordel-->Anjo tem moringuinha? -- 07/05/2010 - 01:13 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Veja mais==>>>Einstein no caminho de Drummond. Ein Stein...uma pedra...
texto






















Se há reencarnação,
então, há espiritismo,
mas nossa evolução
necessita do batismo.

Simplicidade na cria
e ignorância na mente,
o espírito porfia,
anjo não é de repente.

Muitos batismos, portanto,
um espírito recebe.
Nova benção, novo manto,
pra quem não se apercebe.

Estágio angelical
é de tanta magnitude
que faz da morte final
a sua angelitude.

E muitos disso discordam,
esquecer vidas passadas
seus saberes desengordam,
e as querem bem lembradas.

Lembrança ajudaria
a não bisar os vexames
que o ente cometia
logo após seus desmames.

E ajudaria, também,
ao fixar dum patamar
de conduta só pro Bem,
dores correlacionar.

Assim, bem que quereríamos
o agir com dignidade,
os erros que cometíamos
ficariam na saudade.

Essa crítica nos seduz,
mas não resiste à crença
de que não se reproduz
passado na renascença.

Poucos se lembram, de fato,
de seu agir noutra vida,
ao espírito abstrato
é limitada a lida.

Lei do progresso norteia
a vida, é permanente;
evolução encadeia
metamorfoses do ente.

Espíritos não regridem,
não perdem suas conquistas;
talvez se inconsolidem,
socialmente, às vistas.

Porém ninguém é pior
do que já teria sido,
a evolução maior
é o atual vivido.

E, se assim acontece,
podemos imaginar:
quem hoje se embrutece,
fazia pior pecar.

Mais nobre ou mais bondoso
do que agora se é,
ninguém teve esse gozo,
deixou sempre desejar.

Mas nossa humanidade
mostra mazelas morais
mil na atualidade,
nada mantém dos jograis.

O passado das pessoas,
em geral, não é repleto
de ações nobres e loas,
sinal de baixo afeto.

Assim sendo, esquecer
as encarnações passadas
vale como receber
unções e bênçãos sagradas.

E numa só provisória
passagem por esta Terra,
rogamos por desmemória,
deslembrar do que nos ferra.

Não é fácil conviver
com retrógrada moringa,
ela gosta de reter
todo mal que nos mandinga.

Muitos relacionamentos
correm risco de cisão,
pesam demais pejamentos
de erros de coração.

O coração só aprende
a deixar de ser ruim
se o ente compreende
os seus erros de chinfrim.

Entre sua ignorância
e sua angelitude,
existem em abundância
equívocos, torpitude.

Difícil a travessia,
muitas vidas pra acertos,
o divino alivia
põe nos erros seus enxertos.

Do que se viveu
na curta anterior
o ente já esqueceu,
de todo prazer e dor.

Persistem intuições,
tendências, as simpatias
e suas oposições,
as fáceis antipatias.

A nova versão do ente,
ente antes inimigo,
pode vir como parente,
filho em novo abrigo.

O esquecer nos permite
transformar fel em amor,
o ódio, já no zenite,
vira remédio pra dor.

Quem antes prejudicava
hoje é quem nos ajuda,
o inimigo brigava,
hoje em irmão se transmuda.

Famílias sem harmonia
na provisória de antes,
hoje faz a acalmia,
reluzem qual diamantes.

Hoje o filho rebel
que renega, que faz mal,
virá como coronel,
e seu pai um general.

O santo esquecimento
refunde as emoções,
dá à vida mais alento,
renova os corações.

Se já lhe prejudiquei,
quem sabe o que vai dar?
Quem sabe quem eu serei?
Não dá para adivinhar.

Nada de querer saber
o que se passou consigo,
importante é viver
presente como amigo.

Sobre perdão o que sei
compartilho com você,
clique onde eu linquei,
recado curto se lê.

A novidade que há
está no lavar a mão,
a gente pode sarar
de velha aberração.




























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