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Artigos-->Goethe - A metamorfose das plantas (II) - A gênese do poema -- 30/08/2002 - 21:43 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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A gênese do poema

1.1 Distinção temporal no conjunto das obras poéticas

1.2 História dos estudos botânicos de Goethe

1.3 Visão do poeta

1.4 Formas elegíacas, métrica do dístico

A elegia "A metamorfose das plantas" surgiu entre 17 e 18 de junho de 1798. Foi impressa pela primeira vez no "Almanaque-museu" de Schiller, para o ano de 1799. Depois disso, ela apareceu nos "Novos escritos", em 1800, publicados por Unger, no volume sete, entre "Amyntas" e a elegia "Hermann e Dorothéa", agrupada a seis outros poemas como "Elegias II". Em 1817, quando Goethe mandou publicar novamente seu tratado em prosa, de 1790, intitulado "Tentativa para esclarecer a metamorfose das plantas" em seus cadernos "Sobre Morfologia", além de explicações autobiográficas, ele inseriu nestes, também, o texto da elegia. Mais tarde, Goethe compilou novamente uma parte de seus poemas para o terceiro volume das "Edições mais recentes", que surgiu em 1827, criadas pelo grupo "Deus e Universo". Estas incluem a maioria dos poemas ideológicos da época, e alguns de seus poemas científicos nos idos de 1800. A elegia às plantas foi então dissolvida no contexto da "Elegia II" e colocada no grupo "Deus e Universo".

O grupo começa com "Prólogo " (pág. 357) e "Que seria um Deus..."(pág. 357), e, ainda, traz "Restauração" (repetido de "Divã", vol. 2, pág. 83), "Mundo-alma" (pág. 248), "Duração da mudança" (pág. 247), de "Um e Todo" (pág. 368), "Parábase" (pág. 358), "A metamorfose das plantas" (pág. 199), "Epirrhema" (pág. 358), "Metamorfose dos animais" (pág. 201), Antepirrhema" (pág. 358), "Origem da palavra órfico" (pág. 359), "A trilogia Howard" (pág. 349), "Entretantos" (pág. 359), e alguns poemas menos importantes que não puderam ser acomodados em outro lugar, (De "os poemas ideológicos" , E.TRUNZ, edição Hamburger., vol. 1, pág. 669).

Com isso, Goethe desistiu de fazer a defesa de uma ordem melhor. Porém, suas elegias foram resumidas sob ponto de vista puramente formal; então, ele inseriu a elegia das plantas em um ambiente tematicamente adequado. Desde seus primeiros anos de Weimar, Goethe lidou com a botânica. Ele mesmo conta a história destes esforços em "A história dos meus estudos botânicos" (vol. 13, pág. 148-168). Segundo suas palavras foi um tempo de feliz proveito, trocar o espaço e o ar da cidade pela atmosfera da floresta e dos jardins. Ele fez experiências práticas na administração das florestas da Turíngia; simultaneamente, ele estudava as escritas de Linné: "A filosofia botânica" e o "Sistema das plantas". Naquele tempo, até morrer em 6 de junho de 1816, Christiane Vulpius foi "proficiente companheiro de jardim, que tinha como hobby ajudá-lo na botânica, cuidando das plantas e alegrando-se com a beleza e a riqueza dos jardins." (*1) Com o método de Linné para sistematizar a botânica a pesquisa contemporânea não progrediu muito.

O que ficou ainda por fazer era uma ordenação sob o ponto de vista das relações de parentesco. Os esforços de Goethe se dirigiram para achar" aquilo que seria fundamental em todas as plantas, sem distinção", e assim ele descobriu a lei da metamorfose das plantas. Depois de muitos anos de preparo, apareceu em 1790 o tratado-prosa "Tentativa para explicar a metamorfose das plantas"; a elegia apareceu oito anos depois. Os conhecimentos que Goethe quis representar neste maravilhoso poema sobre a natureza, eram conhecimentos sobre a ordenação divina do Universo. Eis porque o poema é saturado de expressões como "quebra-cabeça sagrado", "consagrado altar ", "forças eternas" e "a deusa caráter sagrado". A atitude do ser humano diante desta ordem é marcada pelas palavras "deslumbramento", "pasmo" e " alegrar-se".

O poema revela uma atitude interior que o poeta tem e que com outros ele quer compartilhar. Aqui Trunz vê a razão pela qual Goethe passou da prosa científica para o poema: ele é o método para amoldar aquela atitude. No poema lírico antigo, a forma de versos em dísticos era característica do tipo elegíaco. Como Goethe escreveu, didaticamente, "A metamorfose das plantas", ele também usou a métrica elegíaca em "Elegias românicas", "Alexis e Dora", "Euphrosyne" e"Amyntas". Com isto, ele incorporou o poema das plantas ao seu grupo clássico de elegias. Mas, o que distingue fundamentalmente "A metamorfose das plantas" das demais elegias é o tipo do seu objeto. Lá estão, como o próprio Goethe diz, sobre "afetuosas e comoventes poesias ", tópicos como amor, separação e morte.

Por outro lado, aqui é representado um conhecimento sobre a natureza, intelectual e terminológico, com claros contornos resultantes da pesquisa. O próprio Goethe caracterizou o poema expressamente como "elegia", em 1817, no primeiro "Caderno de Ciência". Ele sabe, entretanto, que esta elegia difere, em postura e entonação, sendo mais moderadas que as ardentes e apaixonadas, como em "Euphrosyne", ou em "Amyntas". Porque neste poema não se formou, como nessas outras elegias, imediato rompimento emocional. Ao invés disso, neste poema metamorfose, deve-se atribuir

apenas à métrica do dístico uma função marcante.

O retorno contínuo da métrica na sílaba descendente é como que estivesse insistindo sempre na mesma razão-órgão do poema, tal como se passa com a folha na planta, cujo processo de crescimento é uniforme e inteiro em suas várias fases. Como a métrica corresponde, com suas mudanças de hexâmetro e pentâmetro, ao princípio temático da diástole e da sístole na gênese das plantas e, por isto, objetiva a representar a mensagem, assim, também, os dísticos trazem à visão a unidade de modo de representação e intenção de representação: polaridade e evolução, ambas princípios fundamentais da natureza, na parte final da elegia estendem-se aos animais e aos seres humanos.

Assim, dentro do ser humano chameja, também, o amor, sob a lei natural da metamorfose. Aqui, a evolução da família, da amizade, do amor, também, corresponde a um desenvolvimento natural, o qual se faz de maneira lenta e gradual.

(Fonte: www. udoklinger.de)













































































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