Quem não gosta de acordar com um beijo de bom dia, palavras soadas ao ouvido baixinho, num cochicho gostoso? Um abraço aconchegante, um cafuné ao amanhecer, um café da manhã na cama, junto de um pão torrado.
Ahhh... Como é bom sentir-se amado!
Um beijo roubado, um beijo molhado, um beijo de despedida, um ataque de beijos. Um alguém que se preocupa por você, que está ao seu lado durante aquela gripe chata, que te abraça na sala do cinema, que limpa o seu olho quando está sujo e não deixa o seu cabelo despenteado.
Ahhh... Como é bom sentir-se amado!
Alguém que te faz sorrir quando você não sente alegria, alguém que jamais te deixa chorar, mesmo num mar de tristezas. Alguém que te apresenta os melhores caminhos, lhe dá os melhores conselhos, opina com o coração. Alguém que te ama de verdade, tem muita coragem, não te deixa na mão. E na maior franqueza, com as cartas na mesa, mostra-nos que o mundo tem dois lados.
Ahhh... Como é bom sentir-se amado!
Mas sempre há uma briguinha à toa. Ciúmes, teimosia, ou apenas um mau dia, não importa. Não há como evitar, afinal, é assim qualquer vida. Discussões nos levam a luz e consequentemente trazem a “paz”.
Ahhh... Como é bom sentir-se amado!
E uma massagem nos pés depois de um longo dia de trabalho? E um colinho aconchegante? E um filminho, naquele friozinho gelado, embaixo do cobertor, com o rostinho colado?
Ahhh... Como é bom sentir-se amado!
E tem gente que não gosta, que prefere a solidão. E tem gente que não gosta de amor no coração. E tem gente que acredita que acaba a liberdade. O que muda, realmente, é conter tanta saudade.
Para sempre gritarei, o seu nome, idolatrado. Para todos eu dizer:
Ahhh... Como é bom sentir-se amado!
(Marcel Agarie – 11 de Junho de 2003)
|
