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Cordel-->Cordel da Vida de Solteiro -- 13/04/2010 - 23:11 (Marluci Ribeiro de Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vou seguindo num tropel,
Em busca do meu laurel:
Alguma bela Rapunzel
Que acicate o meu dossel.

Nessa faina desesperada,
Caio em minha própria cilada:
Sou predador e presa acuada,
À mercê da espingarda.

Isso porque me falta destreza
Para não sucumbir à beleza
E enxergar, com clareza,
A bondade e a safadeza!

Caído de morte na ilusão,
Prossigo em minha missão:
Cair-me de amor (e aflição)
Por algum jovem coração...

Mas eis que logo me enfastio
Desse círculo vicioso, desse cio.
E abandono a rinha, sem um pio.
Prometendo aprumo, no estio.

Na falta que tenho de siso
Logo em seguida, num riso,
Me ponho sem rumo preciso
Indo ao léu, sem guia ou guizo.

Por isso me perco e me acho
Nessa vida de esculacho,
Meio homem, meio capacho,
Misto de santo e de macho!

Prometo flores, solto adjetivos.
Prendo quando sou ainda mais cativo.
Desisto de ser conviva, ser festivo.
No fim: fujo do enlace definitivo.

Sou o maior dos covardes!
Porque, sem fazer alarde,
Quando sinto que o amor me invade,
Corro dele e morro de saudade...

Faço mais triste e só minhas tardes,
Seguidas de noites sem metades,
Calado de paixão sem veleidades,
Inundado de esperança debalde!

Assim vou vivendo meus dias,
Sem calor, sem companhia,
Desejando moças vadias
Que meu verbo alicia.

Meu corpo, então, se sacia.
Mas passada a letargia,
Deparo-me com uma dor vazia
E aguda, em minha agonia.

Passada essa triste fase,
Minha esperança renasce
E, já corada, minha face
Se volta para quem me case.

Assim vou vivendo meus dias:
Em busca de calor, de alegria,
Em evidente bonomia,
Como um homem que cria.

Logo, a vida vira um cordel:
Sou a rima e sou menestrel.
Faço versos e faço escarcéu!
Atado ao chão, com os olhos no céu!

PS.: Composto em 13/4/2010, sob inspiração do cordel enviado pelo poeta José de Sousa Dantas
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