ZEN
No mutismo
da hora parada,
no zen,
no budismo
das estrelas
e madrugadas,
fico sem.
Mas, esse vazio
só faz ecoar
os tambores,
que a tocar
acordam e trazem
novas dores.
Então, não quero
ser santo
nem ficar zen.;
quero ser tanto,
ser alguém.
E ser cheio
de mim mesmo,
também de outrem.
Andar à esmo
até que me
encontrem.
E ser tudo
ao mesmo tempo,
não carregar
na minha morte
o vazio tampouco,
que não quero
ser chamado
santo do pau ôco.
Riva
09/02/06 |