PORTO SEGURO
Nau errante,
de porto em porto
à vagar,
que não encontrou
cais onde ancorar.
Nave perdida,
é corpo, coração
a lamentar
em cada partida,
o fim da paixão.
Errante assim,
ao sabor dos ventos,
procura enfim
carícias, alentos.
Casco velho, magoado,
voltará quem sabe
um dia ao teu porto
e exausto, cansado,
adormecerá afinal
outra vêz, em teu corpo!
Riva
05/02/06
|