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Humor-->Pára Com Isso!.... -- 24/08/2003 - 16:13 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Pimenta no Rombo dos Outros é Refresco
(por Domingos Oliveira Medeiros)

Buraco por todo lado. Nas estradas. Nos discursos. Nos contratos. Nas notícias de jornais.

De que adianta todo esse barulho em torno da reforma da Previdência, tentando passar à opinião pública de os servidores são os culpados pelo suposto déficit previdenciário ? O INSS, sistema geral de previdência, que atende aos trabalhadores do setor privado, registrou o maior ROMBO de sua história: R$ 9,6 bilhões. Isto equivale a um crescimento do déficit em 16,6 %, apenas nos seis primeiros meses deste ano, comparativamente ao mesmo período (jan a junho) de 2002.

O secretário da Previdência social atribui este aumento à queda dos salários. Ou seja, falando mais claramente: em decorrência do aumento do desemprego e dos trabalhadores sem carteira assinada, em face da desastrosa política econômica que vem sendo praticada por este governo: juros e encargos trabalhistas elevados, crescente endividamento externo, subserviência ao capital estrangeiro e falta de rumos.

Outros, insistem na tese dos ALTOS SALÁRIOS. Dos privilégios e dos marajás. Usam a exceção, como se fosse a regra geral. Não dizem que os “marajás”, que se aposentaram com salários de R$ 40 e R$ 50 mil, não passa de uma meia dúzia de “gato pingado”. Que nada interfere, do ponto de vista financeiro, no déficit da Previdência. Não é este, portanto, o problema principal. Todos devem à Previdência. Inclusive o governo. E há os empresários que recolhem as contribuições e não repassam para os Cofres Públicos. São os devedores cativos. Que ainda recebem vantagens para pagar a dívida em quinze anos. Uma afronta para os empresários honestos, que mantêm em dia suas obrigações.

E há o patrimônio imobiliário do INSS. Que ninguém se dá ao trabalho de cadastrar e colocar à venda. Para arrecadar mais recursos. E há, também, a corrupção, que se aproveita dos frágeis e inconsistentes recursos de controle e fiscalização. Um buraco dos grandes. Um ralo sempre aberto à fuga de recursos. Afora os desvios. Pelas valas dos interesses “político-eleitoreiros”. Os mesmos que acabaram com os bancos estaduais. E, por fim, o eterno, geométrico e crescente endividamento público.

Em resumo: ANTES DE FALAR EM REFORMA, primeiro é preciso TAPAR OS BURACOS desse saco sem fundo. Que começa nos desmandos e desvios de governos passados. Federal e estaduais. E termina por uma falta de vontade política de encarar o cerne de todas as questões nacionais: A desastrosa dívida externa. Que não permite que se faça investimentos com vistas à retomada do crescimento econômico. Que trata os investimentos como despesas. E que, por isso, obriga-nos a utilização do dinheiro emprestado para fins de manter o pagamento dos juros. Mantendo sempre uma reserva de garantia. Não sei para que serve este dinheiro. O Brasil que se exploda!

E, infelizmente, ainda não apareceu um brasileiro capaz de jogar duro com os excessos e ingerências do FMI. Eles estão, na verdade, defendendo os interesses de seus países. E nós, aceitando, pacificamente, este jogo de cartas marcadas, que já demonstrou, nos últimos dez anos, que não nos levará a lugar nenhum. A não ser à miséria e à subserviência.

Vamos negociar prazos e condições do acordo, agora em dezembro. Temos que eliminar a cláusula do contrato que não permite que façamos investimentos em infraestrutura, por exemplo. Um contrato só é bom quando é bom para as duas partes. Desse jeito não dá. Ficamos todos trocando farpas uns com os outros. Brasileiros contra brasileiros. Enquanto nosso principal adversário, fica rindo e enchendo os bolsos de dinheiro.


Assim, não há dinheiro que chegue. E nem desculpas esfarrapadas para enganar o povo. É muito buraco e muita conversa fiada. ACORDA, BRASIL!...
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