ALMA VAZIA
Meu corpo,
meus ossos
esmagados.
A alma,
coitada,
jaz agora
enlutada.
Se houver
sobrevivente,
sei que tempos
vão passar,
até conseguir
outra vêz
ser gente.
O espelho
não reflete.
Recolheram-se
as asas,
perdeu-se tudo.
E a casa,
agora é vazia.
E meu ser,
de forma vadia,
tenta ainda
sobreviver.
Riva
01/02/06 |