Usina de Letras
Usina de Letras
158 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62069 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50476)

Humor (20015)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6162)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->CANTO DE GUERRA PELA PAZ -- 31/12/2009 - 17:49 (Benedito Generoso da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CANTO DE GUERRA PELA PAZ

Eu vi uma borboleta,
Voando de flor em flor,
Era linda, toda preta,
Cor da noite do poeta,
Que sonha com seu amor.

Eu avistei uma abelha
Numa tarde de calor,
Beijando uma flor vermelha,
Que irradiava uma centelha
Da luz do sol, o fulgor.

Na floresta resplendente
Belo pássaro cantou
Com sua voz estridente,
Deixando a Terra quente
Que a dura pedra esfriou.

Ouvi ao longe um cão latir,
Implicando com o gato,
Que correu sem lhe pedir
Permissão para partir
Ao encalço de um rato.

Contemplei uma montanha
Fustigada ao relento,
Sua imponência tamanha
Amainava toda a sanha
E o forte furor do vento.

Vi um jequitibá tombado
E inerte sobre o chão,
Tendo o seu tronco marcado
Por corte vil do machado,
Que feriu meu coração!

Rio profundo e caudaloso,
Azuis são as tuas águas,
Nelas mergulho fogoso
E, nadando, tenho o gozo
Ao afogar minhas mágoas.

Estrada cheia de curvas,
Por onde eu tenho andado,
Se de poeiras tu me sujas,
Mesmo que pra longe fujas
És meu caminho traçado.

Sobre minhas costas tenho,
Machucando-me uma cruz,
Mas com minhas dores venho
Gritar-lhes que, sob o lenho,
Eu só acompanho Jesus.

Junto aos pobres excluídos,
Vou me alistar para a guerra,
Pois canto e ouço os gemidos
Dos que estão proibidos
De pisar na própria terra.

O clamor deles engrosso,
De esperar não fico exausto,
Com eles vencer eu posso,
Se nos negam o que é nosso,
Resta um novo holocausto.


BENEDITO GENEROSO DA COSTA
benegcosta@yahoo.com.br
DIREITOS AUTORIAIS RESERVADOS
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui