VIAJANTE
Um dia,
cismou de chegar
sabe-se lá
de onde.
Achou de ficar.
Desde então,
se aconchegou
e me teve
nos braços,
me amou.
Éramos um só.
Mãos dadas,
em sonhadoras,
claras noites
estreladas.
E foi tanto amor,
tão doces
palavras,
que a gente ouvia
até quando calava.
Um dia,
cismou e partiu.
Levou também
minh alma,
meu corpo,
até meu cio.
Aqui, ficou alguém
inerte, vazio,
quase morto.
Riva
19/01/06 |