Usina de Letras
Usina de Letras
148 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62182 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50584)

Humor (20028)

Infantil (5425)

Infanto Juvenil (4757)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->NOSSO POVO DESONESTO QUER POLÍTICOS HONESTOS -- 04/11/2009 - 02:22 (JOAQUIM FURTADO DA SILVA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
NOSSSO POVO DESONESTO QUER POLÍTICOS HONESTOS


1. “DO QUE RECLAMA, AFINAL
NOSSO POVO BRASILEIRO?”
Pergunta irônico internauta
A nós, atuais micreiros,
Em sua sutil mensagem,
Na qual mostra nossa imagem
De eterno desordeiro.

2. Aponta ele, primeiro
Trinta e um pequenos vícios
Bem próprio do brasileiro
Que não olha malefícios
Nas pequenas traquinagens
E em tudo busca vantagens
Sem o menor sacrifício.

3. Se mora em edifício
Onde há um condomínio
Viola a lei do silêncio
Como se ali sozinho,
Isolado, ou com família,
Existisse como ilha
Sem conhecer um vizinho.

4. Se beber só um pouquinho
A mais que o permitido
Vai dirigir seu veículo
Normalmente, e eu duvido
Que da Lei Seca recorde
A não ser que só acorde
Num hospital recolhido.

5. E ao se ver envolvido
Num congestionamento
Ultrapassa na direita
Usando o acostamento
Os outros ficam atrás
Por que são tolos demais
São uns cabeças-de-vento.

6. Usa estacionamento
Mesmo em cima de calçadas
E até mesmo sob as placas
Que proíbem tais paradas.
Finge-se deficiente
Pra estacionar na frente
E economizar passadas.

7. Se acaso nas estradas
Algum veículo de carga
Vem a tombar em acidente
O povo todo, à larga,
Saqueia todo o produto
Conduzido pelo bruto,
Numa cena bem amarga

8. Nenhuma lei lhe embarga
De tomar a coisa alheia
Se o dono não está junto
Para fazer cara feia;
Mesmo se há Polícia perto
A um descuido, o esperto
Se apossa e foge da peia.

9. Cimento, tijolo, areia,
Telhas, óculos, dentaduras,
Tudo troca por seu voto
São benesses, sinecuras,
Promessas de candidato
E nunca busca de fato
Realizações futuras.

10. Em busca de suas curas,
Espirituais de incréu
Troca de Deus cá na terra
Compra vagas lá no céu
Se com santo não se arranja
Descobre até mesmo anja -
“Jezebel” ou “Isabel”.

11. Clips, canetas, papel...
Coisas de menor valor
Leva da empresa pra casa
E não julga que roubou
Pois é coisa tão pequena
Que afinal não vale a pena
Querer saber quem levou.

12. Se bom imóvel comprou
De alto preço e com gosto
No cartório, mente o preço,
Pra pagar menos imposto.
Em vez de comprar CD
Faz uma cópia mesmo que
De tão ruim, lhe dê desgosto.

13. Se trabalha em entreposto,
Comercio, ou qualquer venda,
E recebe extra-salário,
Transporte, almoço, merenda,
Cobra os vales do patrão,
De transporte e refeição
E os troca em qualquer tenda.

14. Quer que o patrão entenda
Que tendo se embriagado,
Mesmo sem estar doente
Mas somente ressacado,
O médico quebrou seu galho
Para faltar ao trabalho
Passando-lhe atestado.

15. Sabendo que é errado
Faz “gato” de água e luz,
Estraga água à vontade
Sem a tanto fazer jus
E além desse grande mal
Os filhos a fazer igual
Ainda também induz.

16. Se uma catástrofe produz
Uma tragédia tamanha
Que a boa gente incita
Fazer-se uma campanha
O esperto logo acode
E separa quanto pode
Com bem disfarçada manha

17. Vende as doações e ganha
À custa dos desgraçados.
É ele também quem fura
Filas nos supermercados
E bancos onde freqüenta
E se é pego errado tenta
Fazer-se pobre coitado.

18. Se há filho matriculado
E vai buscá-lo na escola
Pára em fila dupla ou tripla
Para o tráfego não-dá-bola
E se ao invés de o multar
Vem o guarda conversar
Diz-lhe que quer comer-bola.

19. Alguns recibos arrola
Comprados por encomenda
Pra ter restituição
No seu Imposto de Renda
Quem os vende também erra
Vez ou outra algum se ferra
No entanto não se emenda...

20. Se o fiscal da Fazenda
Pergunta pela bagagem
Trazida do Exterior
Ele encontra coragem
De faltar com a verdade
Sobre a real quantidade
Confiando na amostragem.

21. Mente mesmo por bobagem
Se preciso, usa muleta;
Minora a idade do filho
Ao passar na roleta
De estádio, ou coletivo,
Vira mentiroso ativo
Tão acostumado a treta.

22. Sabe até fazer careta
De surpresa, como ator,
Se é flagrado cometendo
Qualquer infração que for,
Diz que a lei desconhecia
Que era errado não sabia -
Trata o fiscal por doutor...

23. Já tem quem se acostumou
A se dizer evangélico
Adotando um ar tão doce,
Tão manso e tão angélico,
Como se a religião
Não tivesse um só cristão
Que fosse maquiavélico.

24. É esse homem famélico
Da honestidade alheia,
Que reclama se o político
À verba pública saqueia;
Que quer governante honesto;
Que político desonesto
Devia ir pra cadeia.

25. Esse mesmo que anseia
Ser em tudo o campeão
Que busca sempre vantagem
Em qualquer ocasião,
Não julga ao político igual...
“DONDE SAÍRAM, AFINAL
OS POLÍTICOS DA NAÇÃO?”


J- Justamente esse ladrão
O - O sumo da malandragem
A- Aponta o dedo ao político
Q- Que rouba com mais coragem.
U- Um pregador de conselho
I- Imputando ao seu espelho
M- Males da sua imagem.

***


NOTAS DO AUTOR:
Trabalho produzido com base em e-mail recebido em 01/11/2009, do colega de trabalho RICARDO RAMOS (ramos.862@hotmail.com), com mensagem em anexo, intitulada INCONGRUÊNCIA

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui