Gosto de beijar os amigos. São íntimos e de procedência conhecida. Sou mesmo preguiçosa... Estou sentindo a falta de um, que de amigo virou amante e voltou a ser amigo. Esse sem procedência. Acho isso moralista, mas é mais fácil.
Nunca mais senti seu cheiro, sua respiração, suas mãos. Acabou o colorido, que para mim é mais do que falta, é ausência. Ainda não contabilizei realmente o que perdi. Sei apenas que tudo está ruim, está faltando.
Preciso de um carinho amigo, preciso de um beijo calmo. Não é carência de beijo. É carência de beijo colorido do amigo. De beijo dado por vontade de quem está ao lado.
Não gosto das imposições culturais: namorar, noivar, casar, separar, namorar de novo... Gosto de brincar de amigo colorido, gosto de beijar com vontade de dar carinho e não com a obrigação dos títulos.
Beijar é como o vento. Vem a hora que quer, vai sem dizer por quê. E toca, você pra mim e eu para você.
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