Há uma dor poente
Que pulsa sem parar,
Corta-me em silêncio
Sem ferir sem matar.
Nos dias vermelhos
Lava os olhos com lágrimas,
Nos dias amarelos
Revela-se mulher.
Há uma dor poente
Que pulsa sem parar,
Sai de dentro do peito
Como a onda do mar.
As vezes ri, as vezes chora,
Cora toda tarde,
Vive a sua desilusão
E vai embora.
Há uma dor poente
Que pulsa sem parar,
Faz da sua história
Uma canção sem par.
“Dor poente”
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