testo o texto,
refaço a prosa,
enxugo a testa.
mas qual !
hoje não é dia
de inspiração,
de composição,
ou de qualquer
espécie.
hoje é dia de
roupão
e muita
lassidão !
hoje é dia
de nada,
pode
começar
e acabar,
vara
o dia
penetra
à noite
e nada muda.
meu corredor
está vazio,
e só ouço
vozes
lá de
longe:
lá vai o homem
de 90 dias,
sem clarear,
lá vai o velho,
que de bengala
agride o vão
do vento,
e chora
sozinho,
só,
pois a coisa
é
de lamuriar !
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