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Poesias-->De repente... -- 04/01/2006 - 15:10 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
993300 size=4>VINICIUS DE MORAES







19 de Outubro de 1913 = 9 de Julho de 1980







SONETO DA SEPARAÇÃO



De repente do riso fez-se o pranto

Silencioso e branco como a bruma

E das bocas unidas fez-se a espuma

E das mãos espalmadas fez-se o espanto.



De repente da calma fez-se o vento

Que dos olhos desfez a última chama

E da paixão fez-se o pressentimento

E do momento imóvel fez-se o drama.



De repente, não mais que de repente

Fez-se de triste o que se fez amante

E de sozinho o que se fez contente.



Fez-se do amigo próximo o distante

Fez-se da vida uma aventura errante

De repente, não mais que de repente.



Vinicius de Moraes



000099>DE REPENTE...



De repente leio, quedando em espanto,

Iluminado, mas envolto entre a bruma

Onde a distância coberta de espuma

Samba de alegria mergulhada em pranto.



De repente leio e sinto que o vento

Me inflama os olhos, acesos na chama

Da certeza clara, sem pressentimento

Que a comédia triste acabe num drama.



De repente leio e um outro repente

Me alegra o ego de usinal amante

Que atrás da tristeza resiste contente...



De repente leio o soneto distante

Que se aproxima sem nada de errante

Como se fosse meu... Lido de repente !...



António Torre da Guia




993300>Som = Vinicius de Moraes em "Garota de Ipanema"


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