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Contos-->Pés gelados 010705 -- 07/01/2005 - 04:05 (Rodrigo Moreira Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
E ele falou que tinha q c matar, e logo. Então tomou um enorme bloco de gelo e colocou no meio da sala. E foi buscar aquela velha e boa corda, aquela que há muito já havia preparado praquele momento, ou até mesmo outro momento qualquer. À medida que seus passos iam chegando à despensa, um pequeno, mas interessante, frio na barriga ia chegando também a ele. Seus pensamentos estavam longe, procurando razão pra vida, procurando sorrisos do passado, da infância de tantos fatos. Uma topada na parede retornou sua memória aos pés novamente. Sentir dor é estar vivo! Por Deus, por qualquer coisa que exista no sobrenatural, seria muito interessante poder conhecer o outro lado antes de estar lá. Um desejo… somente um desejo antes de atravessar a linha, ou melhor, antes de derreter o gelo. Meu Deus! (Lá vem Deus traveis…) O gelo! Pega a corda, verifica c está realmente boa, c ninguém atrapalhou de ante-mão seus planos, sua intenção, sua vontade, mas parece que não. E toma o caminho de volta. Pelo corredor da casa, todo branco e quieto, pois todos dormiam naquele momento, seus passos são ouvidos somente pelos seus próprios tímpanos. Um a um vão em direção ao destino. Destino? Que destino? Palavra difícil e misteriosa quando c tem essa tal senhora por perto. Com a corda em mãos, sobe no gelo. Sua terceira tentativa depois dos primeiros tombos. Infelizmente, dessa vez não foi diferente, caiu. Por outra causa misteriosa do destino, talvez mostrando algum traço do outro lado, quebrou um braço e novamente a dor veio lhe fazer companhia. Uma companhia já conhecida, amigável, variável, latejante... sorriu, sorriu pra si mesmo, pro destino, agora um pouco mais conhecido que antes. Com uma das mãos tentou dar prosseguimento ao seu intento. Com um rápido laço em volta do pescoço e prendida a outra estremidade da corda no gancho, previamente feito por seu pai... descansou satisfeito, sorriu e sentiu-se melhor. Completamente nu, com apenas uma carta de despedida colada no peito, pôde esperar o gelo derreter, pra então verificar o sucesso de seu empreendimento. Afinal... não poderia deixar marcas, nem como havia de ter feito tal proeza sem auxílio de ninguém... E tendo notado que em seu pé havia algo de estranho... acordou percebendo a ex-namorada em seu quarto, com pedras de gelo nas mãos. Muito estranho. Será que ela me salvou? Ou foi apenas um sonho… Então ele falou que tinha q c matar, e logo.
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