Usina de Letras
Usina de Letras
294 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62168 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50575)

Humor (20028)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4754)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Jogos e Adivinhações nas Eleições -- 27/08/2002 - 20:27 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Jogos e Adivinhações. A Contravenção Eleitoral

(por Domingos Oliveira Medeiros)



Esta eleição está muito confusa. Primeiro, a questão dos candidatos a vice. Roseana deu no que deu. Ou melhor, não deu em nada. A não ser muita explicação. Que ninguém, até agora, entendeu. Depois, veio o Henrique Alves. Também não deu em coisa alguma. E também ninguém entendeu quase nada. E quanto ao dinheiro, R$ 15 milhões, desapareceu; e nunca se viu. E, desta vez, pouco foi explicado. E a imprensa, de modo geral, saiu de mansinho. Não fez o costumeiro bombardeio. A importância não era de se jogar fora. Enfim. E o dossiê foi arquivado. E o assunto, inusitadamente, foi encerrado.



E assim surgiu a grande estrela, a vice de José Serra, a Rita Camata. José Serra que me desculpe, mas beleza é essencial; é fundamental. Embora, diga o ditado, que beleza não põe mesa. E, se não cai da cadeira ou nas pesquisas, cai de bicicleta, pelo menos.



E o vice de Lula deu o que falar. Por conta da tal da coligação vertical. Por causa dos programas de governo diferenciados. Entre o PL e o PT. E, também, em grande parte, por causa da aproximação do PMDB com Quércia.



Todos os candidatos, sem exceção, partiram para este tipo de união. Ou de desunião; ninguém sabe ao certo. Exceção, apenas, ao Enéas. Que já pediu o boné. A propósito, ninguém soube do nome do vice do Enéas. Aliás, sobre os vices pouco se sabe. Apenas que eles, segundo as pesquisas, continuam no páreo. São os que registram os menores índices de rejeição. E, faz tempo, ocupam a mesma posição. Será que as empresas de pesquisa fazem, sempre, as mesmas perguntas ? E será que essas perguntas são feitas para as mesmas pessoas? Dá para desconfiar. Só assim poderíamos entender o porque de alguns candidatos, como foi o caso do Enéas, em várias eleições, registrar, sempre, o mesmo percentual de intenções de votos.



Retomando a conversa, , tudo indica que os meios justificam os fins. Ganhar a eleição. Mesmo que depois não se possa fazer nada em benefício do povo.



O vice do Ciro Gomes não me agrada. Trata-se de sindicalista que votou a favor da “flexibilização” da CLT. Questão polêmica e que vai de encontro aos princípios trabalhistas da Era Vargas.



E não se pode subestimar o vice. Achando que ele tem pouca importância. Lembremo-nos de José Sarney e de Itamar Franco. Ambos passaram a condição de titulares. Ganharam a corrida sem precisar chegar em primeiro lugar. Igual ao que fez o Alemão com o nosso Rubinho.



A “fulanização” das eleições é outro grande complicador. Pouca gente se dá conta de que nenhum candidato governará sozinho. E não estamos dando a atenção devida, aos deputados e senadores que irão compor a nova correlação de forças no Congresso Nacional. Destes candidatos, é bom que se diga, depende quase todas as ações governamentais. Se o presidente não obtiver maioria no Congresso, quase nada poderá fazer .



Por outro lado, o montante da dívida (interna e externa) , se não for objeto de uma ampla renegociação, (sem apelar para o calote, claro) visando alongar prazos, diminuir juros e outros encargos, não restará outra conclusão: o próximo governo ficará de mãos engessadas. E o pior: não há mais espaços para aumento e/ou criação de impostos.



E o FMI já mostrou que, quando a coisa aperta, pouco ou nada pode fazer. Quando é que pôde? Que eu me lembre, nunca! Pelo menos a favor dos países devedores. Vide o caso da Argentina.



Para completar, ainda temos que aturar os boatos e ingerência de bancos e companhias estrangeiras; que tratam das questões nacionais, como se estivessem na casa da mãe Joana. O sobe-e-desce do chamado risco-Brasil, que trabalha - para os especuladores - vinte e quatro horas por dia. E já mereceu o reconhecimento de toda a mídia nacional. Que, diariamente, divulga seus índices como se fossem oficiais.



Muito parecido com o jogo do bicho. Todo mundo sabe que é contravenção, mas todo mundo joga ou fecha os olhos. O risco-Brasil, tudo indica, tem outros parentes ou sósias.



O chamado serviço de meteorologia financeira, é um deles. Que nunca acerta a previsão, mas sempre nos surpreende com enchentes e quedas de barreiras. Que deixam centenas de milhares de desabrigados. E desempregados.



O horóscopo dos que não fazem nada e só visam a acumulação de capitais é outro. A numerologia da concentração de rendas, idem. O tarô do endividamento público e externo, a mágica do crescimento paralisado, o desemprego, o salário achatado, são filhotes de um mesmo pai. A especulação financeira. Que não traz nenhum resultado positivo.



Está na hora de a gente esquecer em quem votar para presidente, e seu respectivo vice, e começar a montar um Congresso Nacional mais afinado com as necessidades da população brasileira.





Domingos Oliveira Medeiros

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui