COLAR DE TROVAS II (Parceria entre Filemon Martins (FM-SP) e Lílian Maial
(LM-RJ)
Céu azul, todo estrelado,
sorrindo, ao clarão da lua,
e o meu peito, apaixonado,
a chorar a ausência tua. (FM)
“A chorar a ausência tua”
lamentei minha agonia:
com o sol, vi o breu da rua,
com a lua, a luz partia. (LM)
“Com a lua, a luz partia”
partindo o meu coração.
Se tu chegas, a alegria
Ilumina a escuridão. (FM)
“Ilumina a escuridão”
teu olhar, que é só fogueira,
incendeia essa paixão,
que se alastra a noite inteira. (LM)
“Que se alastra a noite inteira”
esparramando esperanças,
bom é deitar-me na esteira
enrolado em tuas tranças. (FM)
“Enrolado em tuas tranças”
meu corpo descansa em paz,
pra logo inventar festanças,
e mostrar que eu quero mais. (LM)
“E mostrar que eu quero mais”
viver de amor, em verdade,
que o sonho é lindo e fugaz
como a tal felicidade. (FM)
“Como a tal felicidade”
a tristeza também vem,
só que a hora que ela invade,
eu me apego com meu bem. (LM)
“Eu me apego com meu bem”
e vejo o nascer da aurora,
meu coração diz amém
e manda a tristeza embora. (FM)
“E manda a tristeza embora”
fica aqui só do meu lado,
vem ser feliz logo agora,
meu tesouro apaixonado. (LM)
“Meu tesouro apaixonado”
meu eterno beija-flor,
nunca é demais ser amado,
só quero viver de amor. (FM)
“Só quero viver de amor”
ao teu lado todo o sempre,
meu receio é meu pavor
que meu nome não se lembre. (LM)
“Que meu nome não se lembre”
e esquecer teu nome amado?
Está escrito, no alpendre:
CÉU AZUL, TODO ESTRELADO. (FM)
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