Após manifestar o meu desejo
de que o ano novo seja sem senões,
retorno à realidade, que dá ensejo
a mais ferinas elocubrações...
Posto de lado o encanto, o que é que vejo?
Um mundo que não faz suas lições,
não aprende, não muda... É, pois, sem pejo
que passo a despejar-lhe maldições...
Que bin Laden ressurja, redivivo,
continuando a imputar, com duro crivo,
ao capital os crimes capitais...
Que se prendam Fernando e sua máfia,
assim como Maluf, com sua empáfia
– já está bom para nós, simples mortais...
1/2002
Página 60 de O Poeta Eletrônico
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