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Cordel-->Extra, extra! Falleció Don Fiado! -- 06/09/2009 - 11:12 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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texto
























Setembro, 2009:
numa cidade mineira
faz frio, ainda chove;
uma grande paradeira.

O povo endividado
faz negócios sem parar,
sem dinheiro, só fiado,
algum dia vão pagar.

Eis que lá um gringo chega
e entra numa pensão,
põe no balcão a pelega,
cem paus, quer acamação.

Enquanto o gringo vê
o conforto do seu quarto,
a dona vai sem correr
ao doutor pagar o parto.

Cem paus tinha o doutor
pelo parto a ganhar,
a dona sem sentir dor
veio para lhe pagar.

No açougue o doutor
quer seu débito pagar,
agradece o favor,
são cem paus do pendurar.

Sem luvas e avental,
o açougueiro saúda
o dono de um quintal
que lhe prestava ajuda.

Com cem paus porcos pagou
ao bondoso criador,
que também as mãos lavou
e correu pr`outro doutor.

Era um veterinário
que os porcos vacinou,
cem paus de numerário
foi o quanto lhe quebrou.

Esse doutor folgazão
pra zona se dirigiu,
onde se fez de machão
a dívida contraiu.

Prostituta também banca,
encara crise fiando,
ái se alguém não se manca,
cem paus ele sai pagando.

A puta vai à pensão
sua dívida saldar,
a cama e o colchão
que lhe dão seu sustentar.

São cem paus a creditar
diz a dona sem rodeio,
quando lhe telefonar,
pode chegar sem receio.

O gringo, todo posudo,
rejeitou a hospedagem,
a cama, o quarto, tudo,
nem desceu sua bagagem.

Seus cem paus lhe devolveu
a dona, com prontidão,
o gringo os recebeu
grato pela atenção.

Ninguém ganhou um vintém,
mas a cidade ficou
sem nenhum devo também,
seu futuro renovou.

Quando circula dinheiro
não há crise que aguente,
se cai na mão de mineiro,
ele fica bem mais quente.

Usura é um veneno
pra nossa economia,
juro, inda que pequeno,
é pura mesquinharia.








































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