Verdade é que planejo meu porvir
Mesmo sabendo quem venceu a guerra
Entre a vida, que quer prosseguir,
E o tempo, que a empurra para a terra.
Verdade é que, às vezes, no existir,
Meu coração se cala e a razão berra
Lembrando-me que a minha vida encerra,
E existe sempre um risco de partir,
Mas vivo! Nunca penso que é em vão!
Ora, as estrelas e astros a brilhar,
Também um dia não mais brilharão.
Mas vivo! Transformando o sonho em arte,
Contrariando a morte a me chamar
Fazendo a cada dia a minha parte.
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