onde moro
de tudo
falta,
do arroz de
cozinha,
ao feijão de
panela,
tudo falta.
falta luz acesa,
sobra escuridão,
falta
jardim de
rosas
e animais
domésticos,
mas inquietantes.
lá em casa
falta tudo:
até mulher
de falar,
cozinhar,
passar,
e me vestir
de sexo.
se falta,
falta bem,
se falta,
nem
quina
eu costuro.
nesse
caminho
onde falta
tudo,
acabo
mesmo
abraçado
com
a mais alta
da
próxima
esquina.
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