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Textos_Religiosos-->Papa: Santo Agostinho é modelo para os tempos modernos -- 23/04/2007 - 10:49 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Diante do túmulo de Santo Agostinho, Papa relança sua mensagem central: «Deus é amor»
Este é o núcleo de seu pontificado, explica

www.zenit.org

PAVIA, domingo, 22 de abril de 2007 (ZENIT.org).- Ao visitar o túmulo de Santo Agostinho, na tarde deste domingo, Bento XVI relançou a mensagem central de seu pontificado: «Deus é amor».

«A humanidade contemporânea tem necessidade desta mensagem essencial, encarnada em Cristo Jesus», assegurou, ao concluir sua visita pastoral à cidade de Pavia.

«Tudo deve começar daqui e aqui tudo deve conduzir: toda ação pastoral, todo tratado teológico», afirmou na homilia que pronunciou na Basílica de São Pedro no Céu de Ouro por ocasião da celebração das vésperas com sacerdotes, religiosos e religiosas (muitos deles agostinianos) e seminaristas da diocese do norte da Itália.

Começou explicando que quis «vir para venerar os restos mortais de Santo Agostinho, para expressar tanto a homenagem de toda a Igreja a um de seus “padres” maiores, como minha pessoal devoção e reconhecimento por quem teve tanta importância em minha vida de teólogo e de pastor, mas diria ainda antes de homem e de sacerdote».

Os escritos de Santo Agostinho, bispo de Hipona, que viveu de 354 a 430, doutor da Igreja, marcaram a vida de Joseph Ratzinger, que em 1953 escreveu sua tese doutoral sobre este filósofo e teólogo.

«Ante o túmulo de Santo Agostinho, quero voltar a entregar espiritualmente à Igreja e ao mundo minha primeira encíclica, que contém precisamente esta mensagem central do Evangelho: “Deus caritas est”, Deus é amor».

Esta é «a mensagem que Santo Agostinho segue repetindo a toda a Igreja», assegurou: «o amor é a alma da vida da Igreja e de sua ação pastoral».

«Só quem vive a experiência pessoal do amor do Senhor é capaz de exercer a tarefa de guiar e de acompanhar os demais pelo caminho do seguimento de Cristo».

«Repito-vos esta verdade como bispo de Roma, enquanto, como uma alegria sempre renovada, acolho-a junto a vós como cristão», confessou.

«Servir a Cristo é antes de tudo uma questão de amor», sublinhou. «A Igreja não é uma mera organização de encontros coletivos nem, pelo contrário, a soma de indivíduos que vivem uma religiosidade privada».

«A Igreja é uma comunidade de pessoas que crêem no Deus de Jesus Cristo e se comprometem a viver no mundo o mandamento da caridade que Ele lhes deixou».

«É, portanto, uma comunidade na qual se educa no amor, e esta educação não acontece apesar senão através dos acontecimentos da vida».

O Papa concluiu lançando um chamado a viver a vida cristã, que «tem na caridade o vínculo de perfeição e que deve traduzir-se em um estilo de vida moral inspirado no Evangelho, inevitavelmente contra a corrente dos critérios do mundo, mas que sempre há que testemunhar com um estilo humilde, respeitoso e cordial».

Apo sua peregrinação aos restos mortais de Santo Agostinho, e após despedir-se da comunidade dos religiosos agostinianos, o Papa tomou um helicóptero que o levou ao aeroporto de Milão-Linate, desde onde regressou a Roma.

A terceira visita pastoral de Bento XVI à Itália teve como metas as cidades de Vigevano (onde celebrou a missa na tarde do sábado) e Pavia (onde manteve um intenso programa de encontros públicos este domingo).


***

Bento XVI apresenta Santo Agostinho como modelo de conversão para nossos tempos
Ao celebrar missa em Pavia, a cidade onde se encontra o túmulo do santo

PAVIA, domingo, 22 de abril de 2007 (ZENIT.org).- Bento XVI apresentou na manhã deste domingo seu mestre teólogo, Agostinho de Hipona, como modelo de conversão para nossos tempos, ao visitar Pavia, onde se encontra o túmulo do santo.

O Papa centrou sua homilia --ao celebrar ao ar livre, nos Jardins Borromeus, nessa cidade italiana-- no bispo e doutor da Igreja (354-430), a quem Joseph Ratzinger dedicou sua tese doutoral.

Ante ao menos 20 mil fiéis, o bispo de Roma explicou que, «dado que Jesus, o Ressuscitado, vive também hoje», existe um caminho para segui-lo: «a conversão». «Mas, em que consiste? O que se deve fazer?», perguntou.

Bento XVI respondeu apresentando o caminho de conversão de Agostinho, ilustrando as três «conversões» que experimentou em sua vida, que, na realidade, constituem «uma grande e única conversão na busca do Rosto de Cristo e do caminho junto a Ele».

A primeira «conversão fundamental», explicou, «foi o caminho interior para com o cristianismo, para com o “sim” da fé e do Batismo», declarou em referência a esse fato decisivo na vida do santo, que segundo alguns historiadores aconteceu na Páscoa do ano 387.

Agostinho «sempre estava atormentado pela questão da verdade. Queria encontrar a verdade», seguiu declarando o Papa na homilia.

«Sempre havia acreditado -- às vezes mais vagamente, às vezes de maneira mais clara -- que Deus existe e que nos cuida. Mas a grande luta interior de seus anos de juventude consistiu em conhecer verdadeiramente este Deus e familiarizar-se com esse Jesus Cristo, até chegar a dizer-lhe “sim” com todas as suas conseqüências».

«Conta-nos -- indicou o sucessor de Pedro -- que, graças à filosofia platônica, havia aprendido e reconhecido que “no princípio existia a Palavra”, o “Logos”, a razão criadora. Mas a filosofia não lhe apresentava nenhum caminho para chegar até Ele; este “Logos” era distante e intangível».

«Só na fé da Igreja encontrou a segunda verdade essencial: a Palavra se fez carne. E deste modo nos toca e nós a tocamos».

A «segunda conversão» de Santo Agostinho aconteceu de seu batismo, em Hipona, África, quando havia fundado um pequeno mosteiro e foi consagrado sacerdote praticamente pela força, a pedido popular.

«O bonito sonho da vida contemplativa se desvanecia, a vida de Agostinho mudava fundamentalmente. Agora tinha de viver com Cristo para todos», evocou Bento XVI.

«Tinha de traduzir seus conhecimentos e seus sublimes pensamentos no pensamento e na linguagem das pessoas simples de sua cidade».

«A grande obra filosófica de toda uma vida, que havia sonhado, ficou sem ser escrita. Em seu lugar, deu-nos algo mais precioso: o Evangelho traduzido na linguagem da vida cotidiana».

«Esta foi a segunda conversão deste homem, que teve de realizar continuamente, lutando e sofrendo: pôr-se sempre ao serviço de todos; em todo momento, junto com Cristo, entregar a própria vida para que os demais possam encontrar nEle a verdadeira Vida», declarou.

Por último, a terceira conversão de Santo Agostinho aconteceu quando descobriu que «só se é verdadeiramente perfeito e que as palavras do Sermão da Montanha», as Bem-aventuranças, «só se realizam totalmente em uma pessoa: no próprio Jesus Cristo».

Descobriu que «toda a Igreja, todos nós, inclusive os apóstolos, temos de rezar cada dia: “perdoai-nos nossas faltas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”», escrevia Santo Agostinho.

«Havia aprendido um último nível de humildade, não só a humildade de introduzir seu grande pensamento na fé da Igreja, não só a humildade para traduzir seus grandes conhecimentos na simplicidade do anúncio, mas também a humildade para reconhecer que tanto ele como toda a Igreja peregrina necessitava continuamente da bondade misericordiosa de um Deus que perdoa».

«E nós -- acrescentava -- nos fazemos semelhantes a Cristo, o Perfeito, na medida maior possível quando nos convertemos, como Ele, em pessoas de misericórdia», indicou.

O Santo Padre concluiu implorando que o Senhor «dê a todos nós a conversão necessária e deste modo nos conduza para a verdadeira vida».

***

Bento XVI ante o túmulo de Santo Agostinho
Entrevista com o prior geral da Ordem inspirada pelo bispo de Hipona

PAVIA, domingo, 22 de abril de 2007 (ZENIT.org).- Por ocasião da visita de Bento XVI à Pavaa, Zenit entrevistou o Pe. Robert Prevost, prior geral da Ordem de Santo Agostinho.

--Como nasceu esta visita de Bento XVI seguindo as pegadas Santo Agostinho?

--Padre Prevost: Em outubro de 2005, junto ao bispo de Pavia, Dom Giovanni Giudici, convidamos o Papa a esta cidade para celebrar os 750 anos da «grande união», último ato da fundação da Ordem de Santo Agostinho.

Em novembro daquela ano, através da Secretaria de Estado, recebemos a resposta afirmativa do Papa, para uma data que posteriormente deveria estabelecer-se.

Este acontecimento se concretizou com a visita pastoral às dioceses de Vigevano e Pavia, que culminou na Basílica de São Pedro no Céu de Ouro, lugar onde se encontram as relíquias de Santo Agostinho, aproximadamente desde o ano 725, quando o rei dos longobardos, Liutprando, as trasladou de Cerdeña a Pavia.

--Bento XVI teve assim um momento privilegiado para rezar ante os restos mortais do santo que tanto inspirou sua vida e pensamento.

--Padre Prevost: Assim é, em São Pedro no Céu de Ouro, teve um encontro com o clero e os membros da vida consagrada, e celebrou as vésperas.

O Papa está sumamente ligado à figura de Santo Agostinho. Em 1953 escreveu sua tese de doutorado sobre o santo doutor com o título: «Povo e casa de Deus na doutrina da Igreja de Santo Agostinho».

Na visita ao seminário romano maior, em 17 de fevereiro de 2007, afirmou que lhe fascinava a grande humanidade de Santo Agostinho, que desde o início teve de lutar espiritualmente para aceitar, pouco a pouco, a Palavra de Deus, a vida com Deus, até pronunciar o grande «sim» a sua Igreja. Conquistou-lhe sua teologia muito pessoal, desenvolvida sobretudo na pregação.

O Papa fez muitas referências diretas à figura de Santo Agostinho, como por exemplo, durante o Angelus de 27 de agosto de 2006, vigília da festa de Santo Agostinho. Apresentou-o como o «grande pároco» no encontro com os párocos e o clero da diocese de Roma, em 22 de fevereiro de 2007.

Recorda-o na última exortação apostólica pós sinodal «Sacramentum Caritatis» ao falar da Eucaristia como alimento da verdade, dom gratuito da Santíssima Trindade, o «Christus totus», ou seja, o Cristo indivisível, ao imaginar o corpo com sua cabeça e seus membros.

Nas reflexões de Bento XVI podemos ver a reunião desta reavaliação dos padres da Igreja, e em particular de Santo Agostinho, que já havia começado com o Concílio Vaticano II e que pode constatar-se nos principais documentos da Igreja.

--O que restará aos agostinianos desta visita do Papa?

--Padre Prevost: Antes de tudo a grande honra e o privilégio de tê-lo recebido como hóspede. Também, em sua visita, abençoou a primeira pedra do futuro Centro Cultural dedicado precisamente a Bento XVI, que relançará iniciativas como a «Semana Agostiniana de Pavia», criando um novo pólo cultural que tem como caráter específico precisamente a figura de Santo Agostinho.

Por último, uma lâmpada, que o Papa acendeu antes da celebração das vésperas, ficará sempre acesa ante os restos mortais do santo. Esta luz quer indicar que Agostinho segue vivo hoje em suas obras e em quem vive sua espiritualidade, como por exemplo nós, os agostinianos.

De fato, ante seus restos mortais ardem cinqüenta velas, ou seja, o número de nações nas quais nós, os freis e as monjas, estamos presentes.

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