Usina de Letras
Usina de Letras
203 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62145 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13566)

Frases (50551)

Humor (20021)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140784)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6175)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cartas-->Mudança de Cores. Nem Pensar. -- 02/06/2003 - 09:24 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A Troca de Bandeiras
(por Domingos Oliveira Medeiros)


Levantou-se cedo, conforme o combinado, na noite anterior, com seus familiares. A mulher já estava na cozinha, preparando o café.

Depois de tomar o seu banho, arrumou-se e foi despertar as crianças. - Vamos, gente! Já estamos atrasados! Não podemos perder o espetáculo!.

Era o primeiro domingo do mês. E, como de costume, em Brasília, na capital do país, acontece a cerimônia de troca de bandeira. O espetáculo cívico já faz parte do roteiro turístico da cidade.

É muito bonito. A bandeira, símbolo nacional, que fica sob a guarda especial do Exército, Marinha ou Aeronáutica, na Praça dos Três Poderes, tremula ao vento- e às intempéries - durante trinta dias, quando é substituída por outra, bem novinha, pela guarda de honra militar.

Geralmente, a troca é precedida por uma encenação teatral, enfatizando o rico folclore brasileiro. Grupos de jovens atores apresentam variados espetáculos: bumba meu boi, grupos de cangaço, danças caipiras, sulistas e até tribos indígenas, enfim, compõem os detalhes da festa e da cultura brasileira.

Em volta do mastro, a população agrupa-se em círculo. Famílias de todos os níveis e classes sociais, oriundas de todos os recantos do país, formam significativa amostragem do homem brasileiro, que, entre a curiosidade e um pouco de sonolência, por parte das crianças, assistem, com grande interesse, às apresentações.

O espetáculo termina, quase sempre, ao som do Hino à Bandeira, enquanto a população repete, ao som da banda de música, no canto de seus lábios, o canto em homenagem ao nosso lindo pendão da esperança.

Neste momento, a bandeira brasileira, em bom estado, substitui a anterior, já desgastada pelo tempo, que sobe devagar, pelo mastro que lhe dará sustentação, até chegar ao seu ponto mais alto. Ali, é presa e amarrada, voltando a tremular sob os céus azuis de Brasília, como que anunciando o símbolo augusto da paz, que se eterniza, de trinta em trinta dias, até a próxima troca.

Neste domingo, no entanto, aquele pai de família, que acordara cedo, ficou estarrecido com o espetáculo.

Quase próximo ao término das comemorações, curiosamente, resolveu olhar para a multidão em sua volta. E teve a nítida impressão de que todos estavam com seus rostos estranhos. Traziam, no rosto, a expressão do medo e do pavor. Velhos e crianças pareciam tristes com o espetáculo.

Foi quando resolveu olhar para cima, em direção ao pico do mastro, e pode ver, com surpresa, que a bandeira que ali se fixava possuía cores bem diferentes da que estava acostumado a ver. Não tinha nem o verde e nem o amarelo. No seu lugar, estranhamente, aparecia a cor vermelha. Vermelho, azul e branco!....

Pensou em mil coisas ao mesmo tempo. Estaria sonhando? Em que país estaria? Nos Estados Unidos? E se fosse, que mal haveria? Afinal, a América é uma grande nação. Nossa eterna amiga; e os americanos são nossos aliados, como sempre.

O único problema, talvez, que lhe passava pela mente, fosse o medo de que algum presidente americano resolvesse, alegando qualquer pretexto, invadir nosso território.

Neste momento, o filho menor puxou-lhe pelo braço: - Papai! A festa acabou! Vamos embora! Mamãe já fotografou a nova bandeira. É linda! Verde, amarela, azul e branca. Com tons avermelhados, é bem verdade.

Por causa dos raios do sol que se faziam constantes naquela bela manhã.

Domingos Oliveira Medeiros
01 de junho de 2003









Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui