Tô aqui nêça Usina
E jatô quáiz indoidâno
São tântas muié bunitas
Qui vêjo só disfilâno
Tomém fazêno puezias
Nóços amô conquistâno!
Vortândo lá do Recânto
Qui tomém tem formozura
Mi chamáro prêçe sáite
Pur cáuso da minha feiúra
Faláro qui ia sê sucésso
Iguár véia cum dentadura!
Máis, quar num foi surprêza
Nunca pençêi qui siria ançím
Quâno as puetiza me víro
Faláro: "É o danádo do Pedrím"
Hôvi brigas entri muntas
Diziam: "Quéro êsse bunitim ! "
Hôji, eu só vévo viajâno
Muntado num póbri jeguim
Vô de Istado em Istado
Pra todas dândo meu carím
Do Mato Grôço ao Rio Grândi
Já tô ficâno inté fraquím!
Vô pidíno pras puetiza
Tê um poquím de comprensão
Marcá um dia e um horáro
Pra tê êsse cabra gostozão
Vô iscuiê a mais bunitôna
Inteligênti e cum bôa grana
Pra sê dôna do meu corassão !