Usina de Letras
Usina de Letras
133 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62220 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10363)

Erótico (13569)

Frases (50618)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140802)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->NOSSA SENHORA DO PILAR -- 10/07/2009 - 04:52 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nossa Senhora do Pilar - Uma Igreja no Caminho do Ouro



Era o Rio Pilar a referência às minas
o ouro pelo Caminho Novo do Garcia.
Garcia este que bem já tinha a sina
de bandeirante posto que já se sabia
ser filho do “das esmeralda” caçador
Fernão Dias Pais, o pai desbravador
dos sertões por onde andava e corria.

Era o começo da subida às “Gerais”
no porto do mesmo nome batizado
às terras em que o ouro era demais.
Às margens de uma ermida, abençoado
por invocação da Senhora das Neves,
por todas as orações e todas as preces
foi o lugarejo ali surgido, consagrado.

Afluente do rio Iguaçu, o rio Pilar
recebia e despachava embarcações
que vinham lá da capital por mar,
trazendo a seu porto movimentações.
Eram de gente, barcos e mercadorias
e mesmos as bem insensatas euforias
dos senhores, de escravos e patrões.


Era grande opulência econômica de outrora
em terras que hoje são de Duque de Caxias.
Neste cenário, a igreja de Nossa Senhora
na Fazenda Cangulo, no ano 1612, se erguia,
e por Nunes Sardinha e Maria da Cunha
a santa que por imenso oceano transpunha
mansamente veio bem aqui fazer moradia.

Igreja de sóbrias paredes de pedra e cal
que só os rincões mais emergentes possuía
era como ouro, muita riqueza sem igual
que a Vila Pilar ficara sede de freguesia
e seu povo das olarias e casas comerciais
barqueiros, pescadores e os residenciais
muito se enchiam de orgulho e fidalguia.

Pois como Freguesia logo foi encomendada
por livre iniciativa de um bispo de plantão
e, em 1798, agora por iniciativa régia, colada.
E era a terça na Colônia e primeira na região
a que pertencia Mantiquira, Charem e Couto
Saracuruna,Figueira,Capivari e Quebra-Coco
e entre outras, Sapê, das Neves e Garrão.


Tinha a freguesia de N.S.do Pilar do Agoassu,
Morobahí e Igaré, Paty e Petrópolis ao norte
e a Baía do Guanabara pelos costados do sul.
No lado leste Guia e Inhomirim tinham porte
e a oeste as extensas terras da Vila Iguassúana
que em sendo regiões de baixadas e serranas
eram um grande mimo incrustado na Corte.

Tinha uma só rua e no topo a igreja se erguia
casas aparatosas e muitas lojas de tecidos
por toda a área uma fazenda e uma olaria,
para o futuro que ali muito era construído
por uma população de trezentos ordeiros
que mandavam produtos ao Rio de Janeiro
como arroz, milho e café que eram colhidos .

Há muito se tem falado da opulência e pobreza
desde a criação até onde a vila de Pilar chegou.
Fala-se de choupanas e casario cheio de nobreza
e de intenso movimento comercial a que chegou,
de idos e vividos, tropeiros, santos e metais,
minas e usurpações na essência e feitios coloniais
mas a igreja sólida, que por testemunha ficou.


Esta, à margem da Rodovia Washington Luís,
soberba na construção branca de pedra e cal
uma linda noiva secular com aparência de feliz
estando eternamente comemorando o natal.
O nascimento que se renova a cada instante
na presença belíssima da construção elegante
da ermida, capela, matriz ou mesmo catedral.

Da cidade de Nova Iguaçu também já fez parte
quando esta tinha terras que não acabavam mais.
Terras que muitas cidades caberia e ainda cabe,
terra de industrias, comércios, gente e laranjais.
Brinco dourado quando em terras iguaçuanas
e de muito maior quilate nas petropolitanas
que o tempo passa, mas não esquecerá jamais.

Quando o colonizador trouxe sua religiosidade,
trouxe também de Portugal a santa de proteção
na imagem sacra que de fé coloriu a cidade
de crença por Nossa Senhora da Conceição.
Mas na Espanha a influência a se eternizar
chegou em 1^690 com Nossa Senhora do Pilar
a mais antiga Virgem Maria em oração.

Em 1696 uma imagem em Vila Rica chegou
ao mesmo tempo que surge a Freguesia do Pilar
que era de Morobaí e era também do Senhor
e tinha arraial, igreja matriz , cemitério, o lugar
que a Rainha dos Anjos veio soberana conceder
proteção, consolo, graças ao que merecer
e ao não merecedor uma penitência para pagar.

Eram as irmandades no Pilar associações
no pleno zelo religioso e corporativo
congregando irmãos nas mesmas emoções
de fé, de cultura, de interesses ou sentidos
por seu prestígio, poder econômico e “nobreza”
e até pelo seu grau nivelado de pobreza
com que eram étnica e racialmente admitidos.

Em sendo a casa dos santos, na Igreja do Pilar
estes venerados patronos de suas irmandades,
tinham nos diversos altares o seu lugar.
O do Santíssimo e do Pilar, a maior visibilidade,
ficava no Altar-Mor com decorações magistrais,
o de N.S. do Rosário e São Benedito nas laterais
como os de outros de menor notabilidade.


A importância da família em sua religiosidade
na formação profunda da sociedade brasileira
estavam nas imagens encontradas pela cidade
dos santos em suas missões mais verdadeiras:
a divina missão de intercessores junto a Deus
na solicitação de graça e conversão dos ateus
na força plena da fé pela comunhão primeira .

O rito de invocação a Nossa Senhora do Pilar
se tornou um dos mis antigos títulos mariano
surgindo lá nos anos 40 de forma exemplar
quando mantinha-se ainda o poder o romano.
Com visão de um pilar num porto espanhol
que atribuída a Maria, mãe de Deus, do Sol
de Jesus, de tudo que fosse ou não humano.

Pelo povo das terras espanhola muito adorada
e introduzida a imagem e fé pelas carmelitas
nas terras brasileiras que passou a ser amada
e desde e sempre sua invocação não é de fitas.
Em alguns estados nordestino é até padroeira
como na região sudeste levando a fé verdadeira
para garimpeiros nas minas, terras mais ricas.


Hoje, além de tudo é Patrimônio inestimável
que o povo da terra deveria valorizar melhor
como a família que se deve sempre preservar
mesmo que um membro não seja tão melhor
mas é parte que nunca se deixa de compor
mesmo como exemplo pois que pode esta dor
ser bem mais dolorida, e de tudo ficar pior.

Foi noticiada pelos meios de comunicação
que havia restauro a caminho de seu altar
e de toda sua formosa e secular construção
no que por milagre, ainda se pode preservar.
Que nessas ruas e avenidas mal traçadas
não mais deixarão sua história sufocada
nem trepidações aceleradas irão derrubar.

Mesmo que a acanhada lembrança ao redor
pouco possa lembrar seu apogeu de outrora
quando a estrada real era seu caminho maior
e muito ouro do interior era levado pra fora,
é preciso com sapiência e muita determinação
preservar com uma ciência da restauração
glórias passadas na formação social de agora.


No muito respeito ao nosso passado de glórias
mesmo que urdidas, mordidas ou até falseadas
é importante manter a veracidade da história
que é precisão e, não seja apenas pranteada.
Embora não esteja sendo, por ora restaurada
por grandes mestres como Darcilio, o Santeiro
É bom que mais do que certo, seja verdadeiro:
a glória da Igreja de N.S. do Pilar recuperada.


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 5Exibido 857 vezesFale com o autor