Usina de Letras
Usina de Letras
281 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62165 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50574)

Humor (20028)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4753)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140790)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Humor-->A Galinha e o Veado -- 13/08/2003 - 16:37 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A Galinha Preta
(por Domingos Oliveira Medeiros)

O inusitado aparece sempre de surpresa. Onde a gente menos imagina. André Breton que o diga. O pragmatismo da metáfora aconteceu em São Paulo. Aqui e agora. Surrealismo brasileiro.

O discurso estava perfeito e acabado. E sendo lido, no bom estilo. Palavra por palavra. Palavra jogada de encontro à multidão; multidão de estudantes. Alguém, no meio, ouvia tudo. Calado. Pensante por dentro. Ousado. Agressivo. Irritante. Até que se deu o inusitado. A galinha de cor preta, passou voando em direção à prefeita. Ou seria em direção ao discurso? Não se sabe, ao certo. Não era, assim, tão normal. Galinha não voa, afinal.

Veio o susto. Coisa de amigo urso. Coisa de sem juízo. E mudou-se o discurso. Passou-se ao improviso. Ao prato feito na hora. Com o sabor da indignação e da surpresa. A comida jogada na mesa. As penas esvoaçaram. Pretas, pelo ar comprimido. Em dó maior, sustenido.

Tudo no centro de macumba. Ou no centro acadêmico. Como queira. Galinha preta, sem a fita vermelha. Mas que dava medo aos mais incrédulos. Criou-se a expectativa de direito. Entre estudantes universitários. Políticos adversários. Mandados de segurança. O direito foi contido. Clamou-se pelo direito adquirido. O direito de ir e vir. Da galinha preta. Da liberdade de se expressar. E de voar e de protestar. Contra o quê, não interessa. Corta essa! Ninguém tem pressa. Não há o que dizer. Não há o que justificar.

Mas o contraditório não demorou. A justiça tardou, mas falou. Deu sua sentença final. Que se fez acompanhada de argumentos. Argumentos inconsistentes e metafóricos. Imprudentes. Inconseqüentes. Calcados no veado do Ministro. Logo ele, que é da Justiça.

Não havia elo causal entre o veado do ministro e galinha. E a coisa virou piada. Não deu em nada. A mulher continuou sozinha. No seu cargo municipal. Sem avental. E o ministro, com certeza, desta vez, não foi legal. Vive La France!....Surrealismo paulista. Em plena capital.

Domingos Oliveira Medeiros
13 de agosto de 2003






Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui