Amada (*)
Terno, o meu primeiro amor,
Que procuro recompor
Com imagens na retina.
Que coisa mais pura e linda!
É certo: eu me lembro ainda
Daquela doce menina.
Sem dúvida, grande sonho,
Descontraído e risonho
De jovem adolescente.
Como são gratas as cenas!
Feliz, contento-me apenas
Em revivê-la na mente.
O mundo extermina a tísica,
Na aula de Educação Física,
Esbanja graça e adereço.
Numa esplêndida manhã,
Declaro-me -- com afã --
A essa de quem não me esqueço!
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(*) A você, na escolinha, em março de 1956.
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