Usina de Letras
Usina de Letras
152 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62219 )

Cartas ( 21334)

Contos (13262)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10362)

Erótico (13569)

Frases (50612)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140800)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->O Dia da Criança -- 15/10/2003 - 19:04 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Da tribo a civilização, mulher do norte, indígena, conheceu o branco, tanto que dele pariu o filho, entre quatro paredes de uma pensão. Onde também, sorrindo, ele, dizendo qualquer coisa, como feliz de felicidade, carregou no colo aquela benção.
Mudaram então, pra uma casa de invasão, que hoje já é um bairro de bastante expressão. Lá o dia é cheio de insegurança e tantas outras questões. Mas o fato é que João, dia-a-dia seguia o rito padrão dos lares. Ia trabalhar sem exigir muito da mãe, que já lhe bastava ficar com o filho. Ainda pequeno, verdinho, ainda de mama.
Assim o pai, todos os dias, ia e vinha do trabalho. Ela cuidava da comida, enquanto o neném, na rede descobria os pés, as mãos e balbuciava algo, que a língua humana não traduzia.
No dia seguinte, o pai ia e vinha do trabalho, a mãe cuidava da roupa e o filho, já engatinhava, se sentava e tentava comer sozinho.
No outro dia, o pai alegre e sorridente, beijava o filho, tomava café e seguia pro trabalho. Ela cuidava da casa e o filho chamava pelos cantos "papa", "mamã".
Cansado o pai veio do trabalho, brincou com o Júnior, deitou e dormiu. Jandira tecia o panero de vime, enquanto a chuva lá fora caia.
Ao amanhecer, Júnior, pé ante pé encorajado pela parede, deu de cara com o seu pai.Sem conversar, o pai agarrou o filho e diante dos olhos da mãe ensinou os primeiros passos.
A noite na hora do jantar, família reunida, João conversava com Júnior, conversava com Jandira, quando a luz se apagou.
Imediatamente acenderam velas e até, uma velha lamparina. Dizia D. Jandira, que na aldeia a noite não apagava, que a lua nascia de trás dos montes, deitava sobre o rio e depois sossegava.
Logo depois, deram com o menino brincando com a sombra, sob a luz de vela. Ele foi conduzido a sua rede, e dormiu. Uma hora e meio depois a luz voltou, o pai e a mãe dividiram espaços na sala com a televisão, viúva Pórcina e o senhorzinho Malta.
Na manhã seguinte, o pai foi ao costumeiro trabalho, enquanto a sua esposa, em casa fazia a comida, limpava, lavava a roupa...
Criança é sempre levada, principalmente, quando a molecada não tem idade de ir à escola.
Juninho era muito curioso, revirava tudo. Não se contentava com os carros de lata, com o cavalo-de-pau, com a espada.queria brincar de algo. Até que encontrou um frasco engraçado, branco, rotulado com aquela cara de pirata morto, malvado. Em dizeres encarnados VENENO /PERIGO, que o menino não decifrou. Procurou matar a curiosidade primeira. Abriu e umas pílulas, em forma de esferas cinzentas pularam.
Nos olhos de uma criança de casa, o que poderiam ser, se não confeitos de bolo. Ele inocente, curioso, ainda respondeu a mãe, quando perguntado onde estava.
No silêncio do quarto, que tantas vezes o embalou pra descansar, derramou uma certa quantidade, em suas mãozinhas e tomou.
Horas depois, o telefone da Pernambuco calçados tocou, chamando o Sr. João Cláudio, que ouvindo a mensagem, sentiu o impacto do pavor. As lágrimas esculpiram-lhe o rosto desolado, cujas mãos gélidas do alto do corpo despencaram a um grito da boca, como se o coração estivesse sendo arrancado, sem nenhum amor.
Meu filho!Dizia ele inconsolável...
Ó meu filho!... Meu filho está morto!
Ao redor, outros pais e até mães, quando souberam do ocorrido se desesperaram a ligar pras suas casas a procura dos seus filhos.
Naquele dia, o sr. Paulo compadecido, a loja fechou .
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui