Minha lindinha boneca de pano.
Minha pequena flor desabrochada
Procura no peito, seu sustento,
Um sentimento sem eito
Nem beira – uma fuga mucama
Feito brisa...
Um sonho distante laça o tempo,
Comprime o vento, encanto de estações.
O único leito de uma vida, agora
Esquecida, num momento varonil
De mulher...
“E eu canto pelas minhas
roças, tantas colheitas, tantos invernos
em esteios, lindo choro em melodia,
rosa e romã.”
Estes morros tão azuis – meu lírio
Virou lapela nos seus olhos ( ou no canto destes!?)
Como uma brisa cristalina, vai sair às claras luas
E servir ao querubim meus doces
De alegria...
Quero ver essa mulher livre,
Sem pudor com alma de rebentos
Andaluzes em galopes e conquistas...
A mãe e mar, ao céu e mar
A dor falar, em si cantar,
Em ter amar aquilo que
Não possa nos prender...
Ehh... mainha...
Fogo não esquenta tantas paixões
Que eu vejo em você...
Sinto em tudo que há na terra
Seus encantos nessas pedras, matas,
Rios, cavalos-marinhos em água doce...
Ehh... Maninha...
A mãe e mar, ao céu e mar
A dor falar, em si cantar,
Em ter amar aquilo que não possa
Nos prender...
Ehh... mainha...
Minha lindinha boneca
De pano.
Oxalá nos ilumine!
|