Dlim, dlão…campainha, sineta? Eram sete da manhã. Espreitou, a mesma garota. Hum, deixa-me trocar o jogo. Foi à janela. Sim? Não percebeu nada. Correu para o portão, largadas as rosas amarelas e a cachopinha verdejante desaparecera. Ora, ora…tocou o telefone, era o Zé. Que estava bem, se ela também estava. Um diálogo caloroso, cúmplice, como sempre fora, desde que o Zé era menino. Mal acabou de pousar o telefone, nova ligação. Engano, que desculpasse. Ok. Mas a voz…saiu-lhe da alma. Pareceu-lhe…estremeceu. Estava vulnerável e confundia tudo, fruto da idade.
Estávamos no ano de 2004, ano de acontecimentos desportivos, loucura da bola, entretenimentos dos mortais. Muito tumulto, muita euforia. Gozava-se por antecipação. Mas também o ano das ameaças. O mundo estava de costas voltado...
Continua:)
Abreijinhos
Elvira
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