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Cronicas-->Foi aqui -- 17/09/2000 - 19:40 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Poderia ser em Nova York, Rio ou Paris. Talvez Stutgard ou Zurique. Para Amsterdã estaria perfeito. Claro, poderia ser também em Varginha ou Presidente Prudente. Mas foi aqui em Brasília, em plena W3. W3 Sul, mais precisamente. Eu ia passando de automóvel e Juliana chamou-me à atenção. Pena que foi rápido demais, não podia ficar parado ali observando, embora a cena merecesse.

Pois eu vi, não posso negar, Juliana é testemunha. Não um, mas dois punks verdadeiros, com roupas de couro e cabelo pontiagudo. Punks puros, verdadeiros, os punks mais ajeitados que alguém possa imaginar. Na realidade, eu nunca havia visto estes tais punks em carne e osso. Ou osso e cabelo. Para mim sempre foram personagens da TV ou simples estereótipos de uma parte de nossa juventude. Pequena felizmente. Foi rápido, mas acho que lembro da cena. Por pitoresca, talvez jamais esqueça. Pena que ao lembrar não poderei associá-la a nenhuma viagem exótica ou uma ida a Miami que seja. Também não ficaram provas uma vez que não consegui falar com nenhum cinegrafista amador que tenha captado a cena. Só uma lembrança na memória.

Eram dois. Magros. Calças e jaquetas pretas cobertas com peças metálicas simetricamente dispostas. Sinto, mas exceto os cabelos, mais não lembro. Não tive com deixar de olhar para os cabelos, o mais importante. Como descrever? Bem em lugar da cabeleira como todos vocês têm, havia três, talvez quatro pontas. Longas pontas com mais de vinte centímetros que se elevavam da cabeça para ao céu. Muito curioso, curiosíssimo. Se a primeira reação poderia ser o riso, não foi. Simplesmente curioso. Uma esplêndida peça de escultura capilar. Fico imaginando como dormem estes rapazes. Devem ser petrificados como o cabelo para não se mexerem ao dormir, sob pena de destroçar a escultura. Quanto tempo terão levado para montar aquela escultura toda? Quanto temo será que dura?

Não sei se este povo é do bem ou do mal. De qualquer forma, penso que não seja muito agradável dobrar uma esquina e encontrar uma dúzia deles. Mesmo de dia. De qualquer forma, tenho que reconhecer que achei muito interessante, desde que Juliana não me apareça em casa com um destes, ainda que em alguma variação menos exótica.

Não sei, mas se é para aparecer, eu ainda prefiro a boa e velha melancia no chaveiro.


Escrito em 09.08.2000
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