Como dói ligar para ela e ela não atender ao telefone.
Por isso não quero amá-la.
Quando cheguei do almoço havia um recado dela na secretária eletrônica: “Tenho que sair, quando chegar ligarei para você. Beijos: tchau.”
Já são quase quatro horas e ela ainda não ligou, onde estará ela agora.
Estou aqui parado sem ter o que fazer. Havia programado ir ensinar matemática a ela e agora estou perdido sem saber o que fazer esperando que ela ligue para mim.
No final da tarde ela me ligou dizendo que tinha ido visitar uma das famílias pobres que ela deixara de ajudar por falta de condições depois que ficara desempregada.
Que lindo! Apesar de achar que este tipo de assistencialismo não resolve o problema, admiro esta parte generosa da sua personalidade.