Usina de Letras
Usina de Letras
159 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62214 )

Cartas ( 21334)

Contos (13261)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50609)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->A AMPULHETA DA VIDA -- 11/10/2003 - 12:01 (Gabriel de Sousa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Como passa depressa o tempo! - Ainda «ontem» César era um menino de calções, ansiando pelo momento de entrar para a escola. Em breve, desejaria ser adolescente para ter mais «liberdade» e (que ambição!) ter a chave de casa. E, cada vez mais, queria que a vida andasse depressa: a maioridade, a carta de condução, a faculdade, o serviço militar... Namorar, casar e ter filhos. Ter uma casa só sua, um bom emprego. Subir na carreira. Ter muitos amigos.
E assim tudo foi acontecendo. Vieram os trinta anos. Os quarenta. E nunca pensou sequer em olhar para a ampulheta da vida. Inexoravelmente, porém, a areia deslizava, esvaziando um dos lados e enchendo o outro.
Vieram os cinquenta anos e os netos. Os sessenta e os primeiros sintomas de que as células humanas envelhecem e os cabelos se tornam da cor da neve.
Sendo normalmente pessimista, mas fazendo um esforço, aceitou como possível que poderia viver ainda mais uns vinte anos. Teriam portanto já passado três quartos da sua vida, faltando apenas um.
Na praia, agarrando um punhado de areia, César observa os pequenos grãos escorrendo por entre os dedos. Aperta mais a mão para adiar o inadiável. As gaivotas esvoaçam, poisando aqui e ali. Ele segue-as com os olhos e pensa...
...Pensa que, apesar de tudo, se um dia se tornar dependente ou perder a lucidez, quererá ainda ter um resto de discernimento, de força e de coragem para abrir rapidamente a mão, de modo a que a areia deslize toda de uma vez. A ampulheta, que mediu a sua vida, finalizará mais cedo a sua missão...
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui