Uma crónica para Milene
Milene, você devassa, segundo as más línguas? Faz coisas por e-mails? Isso é tão verdade quanto inegável é a existência de um burraco na tela do meu monitor. Não juro por Deus, porque não se usa em vão o santo nome de Deus!
Mas é verdade! O buraco teria surgido de tanto a gente fazer coisas por e-mail? Tantas eram as mensagens e fotos, enormes e coloridas, a chegar, que o monitor foi inchando e inflando, inflando e inflando até eclodir o buraco!
Naquela silente madrugada, lembro-me bem, esbugalhei os olhos e extremeci na cadeira...! Santo Deus! Um buraco! E dele, acredite se quiser, começou a sair uma fumacinha branca. Ainda bem que o estouro não foi de assustar.
Passados segundos, ocupados com minuciosa observação à distància, criei coragem de gaúcho fronteiriço. Arregacei as mangas e enfiei a mão direita no burraco! Um buraco enorme numa tela de 17 polegadas. Ainda saía uma fumacinha, mas o que mais chamava a atenção era um ruído...
Um ruído, sim! E muito calor! Calor de rachar o taboão. Não sei precisar o que havia lá dentro! Mas era ente vivo e quente, carinhoso e amigo, feliz e elétrico! Um ente feminino webcista! Seria você, Milene, webtransmutada, viajando de carona com um bando de e-mails? devassos?
Esse pessoal não tem o que dizer? Eu tenho!
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